A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, descartou nesta quarta-feira 16 retomar as relações diplomáticas com o Equador durante a presidência do recém-reeleito Daniel Noboa, cuja vitória eleitoral considerou “muito duvidosa”.
“As relações não vão ser retomadas e sua vitória foi muito duvidosa”, afirmou a mandatária sobre Noboa, que venceu com uma diferença de 11 pontos sobre a candidata Luísa González (de esquerda) no domingo.
Sheinbaum expressou seu apoio a González e acusa Noboa de violar a soberania mexicana por ter ordenado, em abril de 2024, tomar de assalto a embaixada desse país em Quito, o que desencadeou a ruptura diplomática.
A governante destacou, em sua habitual coletiva de imprensa, alguns dos apontamentos dos observadores eleitorais da Organização dos Estados Americanos, que, no entanto, rejeitaram denúncias de fraude.
O rompimento entre México e Equador ocorreu depois que Noboa ordenou uma incursão policial na embaixada mexicana para capturar Jorge Glas, ex-vice-presidente de Correa, que estava asilado na representação diplomática.
A invasão da embaixada para prender Glas por um caso de peculato foi condenada por dezenas de países e rendeu a Quito um processo perante a Corte Internacional de Justiça.