A UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) tem vivido um caos após o assassinato de um trabalhador e ameaças de nazistas. As aulas na instituição estão suspensas até o dia 28 de abril e alunos têm criticado a falta de segurança.
Keine Santos Diniz (41), dono de copiadora da faculdade, foi morto a tiros dentro da universidade, na CAPF (Central Acadêmica Paulo Freire), no último dia 3. As aulas presenciais foram suspensas entre os dias 4 e 11 de abril, mas o retorno foi adiado.
O DCE (Diretório Central dos Estudantes) e os centros acadêmicos têm cobrado a reitoria por mais segurança nas instalações da UEPB e chegaram a promover um protesto em frente a um dos prédios da universidade pedindo providências.
Na semana passada, foram encontradas suásticas pintadas em paredes da universidade. Os símbolos carregavam mensagens ameaçadoras, como: “Nós vamos à caça” e “Negros malditos queimem!”. Também foram colados adesivos “anti-antifascistas” sobre desenhos feministas na instituição.
Segundo o UOL, o homem apontado como responsável pelas ameaças tem 19 anos, estuda biologia na universidade e foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal na última semana. Estudantes relatam que ele se diz skinhead e nacionalista, além de usar símbolos nazistas nas roupas.
Em condição de anonimato, alunos afirmam que se sentem inseguros. “Não posso garantir que eu esteja lá, mas não porque eu não queira”, diz um estudante negro. Professores também afirmam que a UEPB virou uma “terra de ninguém” e que nem os funcionários se sentem tranquilos para dar aula em meio ao “temor generalizado”.
A universidade foi palco de um crime em 2019, quando assaltantes invadiram e atacaram uma agência bancária que ficava dentro do campus. Estudantes têm pedido a implementação imediata de um plano de segurança eficaz, a presença ativa de vigilantes qualificados e a ampliação da rede de apoio psicológico na instituição.
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