Faltando menos de um semana para o Ato Nacional de 1º de Maio, Dia Internacional da Classe Trabalhadora. É preciso intensificar a mobilização em torno desta atividade fundamental na atual etapa de avanço da crise politica e econômica. Quando a situação deixa ainda mais evidente que os trabalhadores e suas organizações precisam intervir na defesa dos seus interesses contra a pressão que o imperialismo e a burguesia golpista “nacional”, comandada pelos banqueiros, exercem contra o governo eleito com decisivo apoio das entidades de luta dos explorados.
O próprio presidente Lula, já confirmou presença. Diante do que fica cada vez mais evidente, sobre as armações golpistas contra o governo, o ato precisa se constituir em um ato de luta contra o atual regime imposto ao País com o golpe de Estado de 2016, no qual o s militares mantém uma verdadeira tutela e a ameaça constante de golpe militar sobre o País.

Em tais condições, as direções das centrais sindicais que organizam o ato nacional do 1º de Maio, em São Paulo, decidiram – sem qualquer consulta aos sindicatos – convidar para a data que celebra a luta dos trabalhadores em todo o mundo, o governador fascista de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), ex-ministro do governo Bolsonaro que, com apoio dos tucanos e outros setores dos golpistas, derrotou o candidato do PT para o governo do estado.
Também foram convidados outros golpistas como os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente. Eles, junto Bolsonaro, Guedes e com toda a direita, foram responsáveis pelos violentos ataques contra os direitos dos trabalhadores, como as “reformas” trabalhista, previdenciária e o “novo ensino médio”, contra o qual estudantes e educadores saem às ruas.
Essa política de conciliação com os carrascos dos trabalhadores é própria das centrais pelegas “aliadas” dos patrões, como a Força Sindical e a UGT, que estiveram ao lado do golpe de Estado. Eles não mobilizam ninguém para o 1º de Maio, nem para qualquer luta real em favor dos explorados e são tradicionais em usar o 1º de Maio como um dia de promoção de políticos burgueses e da conciliação com os patrões da FIESP e outros.
Vários sindicatos já se posicionaram contra essa medida, como é o caso da APEOESP (Professores/SP), o maior da CUT e de toda a América Latina, e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo – também filiado à CUT – que divulgou documento endereçado à direção da Central em que afirma que “Qualquer convite a Tarcísio e seus aliados é INACEITÁVEL sob o ponto de vista classista e combativo que sempre norteou a CUT”.

A Corrente Sindical Nacional Causa Operária (PCO e simpatizantes), publicou milhares de cópias de Boletim em que que chama os sindicatos e todo ativismo classista a repudiarem essa política. De modo algum entregar o 1º de Maio para os algozes dos trabalhadores.
Ao mesmo tempo, rejeita a política de setores, como PSTU (que apoiou o golpe de Estado, com o “Fora Dilma, fora todos”), que usam essa situação para justificar a política de atos divisionistas, minoritários, na porta da Igreja (parceira da direita no ataque aos trabalhadores, às mulheres etc.), que não servem para impulsionar qualquer perspectiva de mobilização e de luta.
Ao mesmo tempo (veja abaixo o Boletim da CSNCO ) convoca para o 1º de Maio do Vale do Anhangabaú, chamando o ativismo classista a se juntar ao Bloco Vermelho, para mobilizar para fazer do ato um momento de luta pelas reivindicações do povo trabalhador, tais como:

- Aumento emergencial imediato do salário-mínimo, a ser debatido nos sindicatos e entre os trabalhadores, que ao nosso ver deveria ser de 100%, até 1º de Maio de 2023;
- Reestatização da Eletrobrás e da Petrobrás (100% estatal) para reduzir o preço dos combustíveis e tarifas, criando as condições adequadas para o desenvolvimento nacional;
- Revogação de todas as “reformas” contra o povo dos governos Temer e Bolsonaro: trabalhista, previdenciária, do ensino médio etc. (“revogaço”);
- Reforma Agrária: terra para quem nela trabalha; atendimento das reivindicações dos povos indígenas e soberania do povo brasileiro sobre a Amazônia (fora o imperialismo!).
- Liberdade para Zé Rainha (FNL), Magno Souza (indígena de MS) e outros presos políticos do regime, lideranças da luta dos explorados
- Abaixo a conspiração golpista. Fim da tutela dos militares sob o regime político.
- Unidade dos trabalhadores na luta contra o imperialismo: pela vitória do povo russo na luta contra as agressões dos EUA e da OTAN na Ucrânia; defesa da unidade do território chinês contra as provocações separatistas em Taiwan; fim do bloqueio e embargos contra Cuba, Irã, Venezuela etc.; pela vitória dos trabalhadores franceses contra a reforma da Previdência de Macron
- Que os capitalistas paguem pela crise: expropriação da burguesia, pela vitória da revolução e dos socialismo