Na última terça-feira (15), a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação violenta na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, Zona Sul da cidade, com táticas que lembram as ações de terror da ditadura sionista contra os palestinos. A ação, conduzida pela Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), resultou em mortes de moradores, tiroteios intensos e pânico generalizado na comunidade. O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, confirmou que um suposto líder local fora assassinado, além de outras pessoas, porém não divulgou o número exato de vítimas da polícia.

A operação teve como objetivo alegado cumprir mandados de prisão contra suspeitos do assassinato do agente da CORE João Pedro Marquini, morto em 30 de março na Serra da Grota Funda. No entanto, desde o início da manhã do dia 15, helicópteros sobrevoaram a favela, enquanto viaturas da polícia bloqueavam ruas próximas, como a Rua Real Grandeza, em Botafogo, que chegou a ter veículos trafegando na contramão, e a Rua Pinheiro Guimarães, interditada. Moradores relataram medo e caos.

“Os tiros começaram, e a gente deitou no chão da loja. Ficamos escondidos. Só tivemos coragem de olhar a rua agora, quase duas horas depois”, declarou ao jornal golpista O Globo uma comerciante que preferiu não se identificar. Outro afirmou: “a gente preferiu manter o comércio porque o pior está no topo, numa parte bem distante daqui. De qualquer forma, estamos atentos à movimentação”.

O tradicional Colégio Andrews, próximo à comunidade, suspendeu o recreio dos alunos e emitiu um comunicado aos pais, informando que “os sons da operação puderam ser ouvidos dentro da escola” e que todos os estudantes foram levados para as salas, sob supervisão. Uma moradora que descia a ladeira com uma criança no colo relatou: “graças a Deus já estou aqui embaixo. A situação ainda está mais ou menos lá em cima. Pelo menos está sem tiros”. Apesar da redução dos confrontos ao longo do dia, a presença policial permaneceu intensa, com nove viaturas da DHC e equipes da CORE na região.

Curi justificou a operação como parte de um plano de retomada de territórios e criticou restrições impostas à barbárie da polícia nos últimos anos, afirmando: “eles tiveram cinco anos de vantagem. Agora a polícia é que tem que resolver o problema.” Sobre os confrontos, declarou: “muito importante enfatizar: a reação da polícia depende da ação do criminoso. Se eles não reagirem, não vai haver confronto. Vamos cumprir os mandados e sair da comunidade sem qualquer tipo de confronto. Agora, se optarem pelo confronto, a opção é deles”.

A operação ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir, em 1º de abril, o julgamento da ADPF 635, que estabeleceu medidas para reduzir a letalidade policial no Rio, como o uso obrigatório de câmeras corporais e a realização de autópsias em casos de mortes por intervenção policial. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que, em 2024, 1.234 pessoas foram mortas por policiais no estado, um aumento de 5% em relação a 2023.

A semelhança com as táticas da ditadura sionista é evidente: uso de helicópteros, incursões armadas e total indiferença à vida dos moradores lembram as operações do enclave imperialista em Gaza. A ação na Ladeira dos Tabajaras é criminosa, um ataque direto à população pobre, que vive sob constante ameaça. Inimigas mortais do povo, as polícias devem ser extintas para garantir a segurança e a dignidade dos trabalhadores brasileiros, especialmente a população negra e pobre.

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Last Update: 16/04/2025