O norte-americano Adi Alexander, pai do soldado israelense Edan Alexander, criticou publicamente a condução da guerra em Gaza por parte do governo de “Israel” e cobrou um posicionamento mais firme do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista ao canal norte-americano NewsNation, concedida na última segunda-feira (14), ele questionou como o premiê Benjamin Netaniahu pretende libertar os reféns israelenses sem pôr fim à guerra.
“E para o primeiro-ministro [Netaniahu], a pergunta continua a mesma: como pretende tirar o último refém de lá sem acabar com a guerra e sem se comprometer com a segunda fase do acordo?”, disse Adi Alexander. Ele também afirmou se perguntar “quando o presidente Trump perderá a paciência com essa situação”, referindo-se à retomada dos ataques contra Gaza por parte do governo sionista.
Alexander possui dupla nacionalidade e foi capturado durante a operação realizada pelo partido palestino Hamas em 7 de outubro de 2023. No último sábado (12), o grupo divulgou um vídeo como prova de vida, gravado na semana anterior, mostrando o soldado ainda vivo. A gravação foi interpretada como tentativa de manter vivas as negociações por um cessar-fogo e por um possível acordo de troca de prisioneiros.
Após a divulgação do vídeo, a ala militar do Hamas afirmou que perdeu o contato com a equipe responsável por vigiar o refém. Segundo o partido, isso ocorreu devido a um ataque aéreo promovido por “Israel” que teria atingido a área onde o soldado era mantido. Desde então, o paradeiro de Alexander é desconhecido, o que aumentou a pressão interna no enclave imperialista por uma solução diplomática.
A entrevista de Adi Alexander acentuou a insatisfação de famílias de reféns israelenses com a retomada dos bombardeios em Gaza. Essas famílias têm pressionado o governo sionista a aceitar os termos de uma trégua, mesmo que parcial, para garantir o retorno de seus parentes. No entanto, Netaniahu tem reiterado que não encerrará a ofensiva até que o Hamas seja completamente derrotado.
A situação do soldado americano desaparecido após ataque da ditadura sionista evidencia o dilema enfrentado por “Israel” com a continuidade da guerra em Gaza: a ofensiva, além de matar dezenas de milhares de civis palestinos, tem dificultado o resgate de reféns vivos, mesmo aqueles com cidadania norte-americana.