
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou no sábado (12) que as pessoas denunciadas por participação na trama golpista após as eleições de 2022 merecem uma “reprimenda à altura”. A declaração foi feita durante a Brazil Conference, evento promovido por estudantes brasileiros de Harvard e do MIT, em Cambridge, nos Estados Unidos.
“Não estamos falando de maquiagem de estátua, estamos falando de rompimento da democracia e violência”, disse Rodrigues, ao mencionar o caso da cabeleireira bolsonarista Débora Rodrigues dos Santos.
Débora foi acusada de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito após pichar com batom a frase “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), durante os atos terroristas de 8 de janeiro. Ela se tornou símbolo da campanha de anistia defendida por bolsonaristas no Congresso.

Ao lado do procurador-geral da República, Paulo Gonet, Rodrigues destacou a seriedade das investigações conduzidas pela PF e referendadas pela PGR e pelo STF.
“O que nós temos a convicção é isso que está chancelado pela Procuradoria-Geral da República, pelo próprio Supremo Tribunal Federal, e da retidão e do ajuste às condutas que nós buscamos e apuramos durante todo o processo de investigação”, afirmou.
As declarações ocorrem em meio à pressão de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela aprovação de um projeto que prevê anistia aos presos pelos atos terroristas de 8 de janeiro. A PF já indiciou, e a PGR denunciou, Bolsonaro e outros sete aliados acusados de participação na articulação golpista após a derrota nas urnas em 2022.
Além de Bolsonaro, foram denunciados e tornaram-se réus Alexandre Ramagem (deputado federal pelo PL-RJ e ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).
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