
Criminosos estão assumindo o controle do fornecimento clandestino de internet em bairros de diferentes regiões do Brasil, expulsando provedores regulares por meio de ameaças, extorsões e ataques. No Rio de Janeiro, Pará e Ceará, empresas já relataram ter veículos incendiados e funcionários ameaçados, o que tem forçado muitos a abandonar o mercado.
Apenas no Rio, a Polícia Civil já abriu mais de 120 investigações desde o ano passado para apurar a atuação desses grupos, que instalam redes ilegais e impedem operadoras autorizadas de funcionarem.
Em áreas dominadas pelo Terceiro Comando Puro (TCP), comandado por Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, técnicos de empresas legalizadas são ameaçados com armas. Provedores relatam que recebem ordens por aplicativos de mensagem com avisos como: “Peço a colaboração de todos, entendeu? Pra não passar por cima da nossa ordem”.
No Pará, o Comando Vermelho também foi associado a ataques. Em Ananindeua, um carro de empresa foi incendiado em janeiro. Já no Ceará, houve 13 ataques em seis semanas, causando a saída de 15 empresas e deixando quase 16 mil pessoas sem conexão na cidade de Caridade.

O uso de redes clandestinas também preocupa especialistas em segurança digital. A falta de regulação permite que criminosos acessem dados, monitorem usuários e propaguem golpes e vírus.
A Abrint alerta para o risco nacional: “Estamos falando de segurança nacional”, disse Mauricélio Oliveira, presidente da entidade.
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