O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, recebeu nesta quarta-feira (26/03), em Brasília, a Agenda Institucional do Sistema Comércio 2025. O documento foi entregue pelo presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, em evento que reuniu autoridades do governo, representantes do setor e parlamentares.
Alckmin destacou a relevância do comércio para a economia nacional, reforçando sua interconexão com outros setores produtivos. “Não há agricultura sem comércio, não há indústria sem comércio. O comércio é o campeão do emprego, da renda, da atividade civilizatória. A civilização avança com o comércio”, afirmou o ministro.
Prioridades para o setor: tributação, crédito e infraestrutura
A Agenda Institucional do Sistema Comércio 2025 apresenta um conjunto de propostas para fortalecer o setor, com ênfase em um arcabouço regulatório que favoreça o empreendedorismo, garanta segurança jurídica e simplifique a carga tributária. O documento também destaca a necessidade de ampliar o acesso ao crédito e combater a concorrência desleal.
Durante a cerimônia, Alckmin ressaltou medidas do governo que devem impulsionar o setor, como a Letra de Crédito para o Desenvolvimento, destinada a baratear o crédito para comércio e indústria. O ministro também mencionou o crescimento do setor de eletroeletrônicos, destacando um aumento de mais de 20% nas vendas de eletrodomésticos e um crescimento de 38% na comercialização de aparelhos de ar-condicionado, consolidando o Brasil como o segundo maior fabricante mundial desse equipamento.
Inovação e qualificação para o crescimento do comércio
A modernização do setor passa também pela transformação digital e pela qualificação profissional. Nesse sentido, Alckmin apresentou o programa Brasil Mais Produtivo, que visa digitalizar e aprimorar processos de 200 mil micro, pequenas e médias empresas de comércio, serviços e indústria.
“A meta são 100 mil atendimentos presenciais para digitalização e 200 mil pela plataforma digital. O SENAI vai até a empresa, seja industrial ou comercial, faz o diagnóstico do que pode ser digitalizado, vem o SEBRAE e faz o projeto, e o BNDES financia”, explicou o ministro.
Infraestrutura e sustentabilidade no centro das discussões
Outro ponto de destaque da agenda apresentada pela CNC é a necessidade de investimentos em infraestrutura, com foco na modernização dos modais de transporte e na promoção de práticas sustentáveis. O documento também aborda a regulamentação da Inteligência Artificial, o fomento ao mercado de carbono e a digitalização de processos públicos para facilitar a atividade empresarial.
A cerimônia também contou com a presença do ministro do Trabalho e Emprego em exercício, Francisco Macena, que reforçou o papel estratégico do setor de serviços para a geração de emprego e renda no país. A parceria entre governo e CNC, segundo os ministros presentes, será essencial para impulsionar a produtividade e garantir um ambiente de negócios mais competitivo e inovador.