A Polícia Federal indiciou um morador de Porto Alegre por planejar e por promover atos terroristas e racistas no Brasil. O acusado está preso preventivamente desde outubro do ano passado.
O indiciamento dele está no relatório final da Operação Mujahidin, que foi enviado para a Justiça Federal. A Abin e a Brigada Militar do Rio Grande do Sul também participaram das ações.
A investigação começou após a identificação de um perfil em rede social que fazia publicações promovendo grupos e líderes ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico. Foram encontradas postagens preconceituosas, incitando ódio religioso, com foco principal na comunidade judaica.
Segundo a PF, o homem mantinha contato com extremistas fora do País e demonstrava interesse em se unir a grupos terroristas. Ele ainda teria feito pesquisas sobre a realização de atentados, a fabricação de explosivos e o uso de roupas e equipamentos para a execução de atos terroristas.
Na casa do investigado, a polícia apreendeu uma grande quantidade de facas, machadinhas, simulacros de armas de fogo, armas de pressão e de airsoft, além de soqueiras, bastões, porretes, coletes balísticos, munições, material incendiário e gás de pimenta.
Também foram encontrados bandeiras, camisetas, flâmulas, vídeos, livros e revistas vinculados a grupos terroristas, além de materiais que promovem a supremacia da raça branca, o nazismo e incitam o extermínio do povo judeu.