O texto analisa as mudanças no mercado de trabalho brasileiro entre 2012 e 2024, destacando que, embora o mercado esteja aquecido com taxas de desemprego baixas (6,9% em 2024), há uma crescente precarização e polarização das ocupações. A análise, baseada nos microdados da PNAD, mostra que o crescimento do emprego ocorreu principalmente em setores que pagam salários relativamente baixos, como comércio, transporte e serviços pessoais, enquanto houve uma redução nos salários relativos em ocupações que demandam maior qualificação.
No setor privado, 65% do crescimento das ocupações ocorreu em combinações de setores e ocupações com salários relativos baixos, indicando uma tendência de precarização. Além disso, houve uma diminuição nos salários relativos das ocupações mais bem remuneradas. Já no setor público, o crescimento do emprego concentrou-se em áreas que demandam habilidades médias ou elevadas, como educação, saúde e segurança, sem uma tendência clara de precarização.
O texto sugere que a precarização do mercado de trabalho pode estar contribuindo para a diminuição da popularidade do governo, devido à menor qualidade das vagas geradas e à redução da remuneração em atividades que exigem maior qualificação. A análise também aponta para a perda de dinamismo do setor produtivo e a falta de investimentos em setores tecnologicamente mais sofisticados como fatores que agravam esse cenário.
Em resumo, o mercado de trabalho brasileiro em 2024 está aquecido, mas com características mais precárias, com empregos de menor qualidade e salários relativos em declínio, especialmente no setor privado.
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Resumo feito com auxílio de IA DeepSeek