
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou na última quinta-feira (20) o levantamento da Genial/Quaest que indicou a queda na aprovação de seu trabalho pelo mercado financeiro, que passou de 41% em dezembro para 10% em março.
Haddad afirmou que o levantamento não pode ser considerado uma pesquisa, já que “não tem base amostral”, e comparou os resultados a uma conversa em “mesa de bar”.
“Dizer que isso é uma pesquisa é dar um nome muito pomposo para uma coisa que deve ter sido feita em 15 minutos ali, num bairro”, disse no programa “Bom Dia, Ministro”, da EBC. “Uma pesquisa com 100 pessoas não dá para dar o nome de pesquisa. Isso você faz em uma mesa de bar.”
Na avaliação do ministro, o levantamento só teria maior peso se fosse feito com um grupo como o Congresso Nacional, formado por representantes eleitos. Apesar das críticas, Haddad ressaltou que não quis desmerecer o trabalho dos responsáveis, apenas ponderar sobre a importância dada aos dados.
“Não estou desmerecendo quem fez, só estou dizendo que dar muita importância… Mas assim, é bacana, estou surpreso até que estou razoavelmente bem”, disse.
A Quaest respondeu às declarações em nota, defendendo a legitimidade da pesquisa “O que pensa o mercado financeiro”, que, segundo a empresa, é realizada desde 2023 com metodologia adequada para captar a opinião de um setor relevante da economia brasileira.
“São ouvidos 120 fundos em um universo de 3.250 casas de investimento, mapeadas pela Quaest no Rio e em São Paulo. A Quaest reafirma que cumpre as orientações dos manuais científicos internacionais para pesquisas de opinião com construção de plano amostral e instrumento estruturado de coleta”, diz o comunicado.
Assista abaixo: