Efeito Lula: supermercados projetam alta de até 12% nas vendas de Páscoa

Os investimentos sociais e medidas de estímulo à atividade econômica adotados pelo governo Lula continuam a trazer benefícios para a população brasileira. Com efeito, o setor de supermercados projeta um aquecimento ainda maior das vendas para a Páscoa deste ano. A alta no comércio no mês que vem pode variar entre 8% e 12%, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Nem a pressão inflacionária sobre alguns grupos de alimentos, como o azeite e o cacau, deverá arrefecer o consumo de produtos associados às festividades da Semana Santa. O motivo, mais uma vez, é o aumento da renda, em um cenário igualmente positivo para o mercado de trabalho, conforme atesta o vice-presidente da Abras, Marcio Milan. À imprensa, na quinta-feira (20), ele afirmou que a projeção da Abras se apoia nos resultados do “emprego e na renda”.

“Apesar da pressão inflacionária observada nos itens sazonais, o cenário aponta para uma Páscoa de consumo aquecido. O equilíbrio entre renda disponível e ações comerciais bem estruturadas deve garantir o bom desempenho do período, reafirmando a data como uma das mais relevantes para o consumo das famílias”, disse Milan.

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A Páscoa deverá trazer um grande impulso a um setor que já estava aquecido. No acumulado do primeiro bimestre de 2025, por exemplo, houve alta de 2,24% sobre o último período (novembro e dezembro), além de uma expansão de 2,25% na comparação com fevereiro de 2024. O recuo “pontual” de fevereiro, segundo Milan, não foi suficiente para abalar o setor.

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Salário Mínimo e programas sociais impulsionam vendas

O executivo destacou ainda o papel crucial que o aumento do salário mínimo e os programas sociais desempenharam nas vendas deste primeiro bimestre. Confira abaixo alguns deles:

– Bolsa Família, que injetou R$ 27,61 bilhões no período e beneficiou 20,55 milhões de famílias

– Auxílio Gás, que destinou R$ 575 milhões para 5,42 milhões de famílias, com repasse médio de R$ 106 por domicílio

– Reajuste de 7,5% do salário mínimo, acima da inflação, alcançando R$ 1.518, o que representa um incremento de R$ 106 no orçamento mensal dos trabalhadores

– Pagamentos do abono do PIS/Pasep, que teve início, em fevereiro; a previsão de repasses é de R$ 30,7 bilhões a serem pagos ao longo de 2025

– Lote residual do Imposto de Renda, que injetou cerca de R$ 864,8 milhões na economia em 31 de janeiro

– Pagamento das RPVs (Requisições de Pequeno Valor) do INSS; foram destinados R$ 3,9 bilhões foram a aposentados, pensionistas e demais beneficiários no bimestre, que venceram o instituto na Justiça

Nos próximos meses, o consumo deve se recuperar do pequeno recuo de fevereiro e a tendência é manter as vendas em alta, acima dos patamares de 2024, aponta a associação. A Abras conta com a liberação escalonada de R$ 12 bilhões do saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e o pagamento do Programa Pé-de-Meia, iniciativa do governo Lula para evitar a evasão escolar no ensino médio.

Da Redação, com Folha de S. Paulo

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