A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou na última terça-feira (18) que “Israel” retomou ataques aéreos em Gaza com uma força não vista desde o início da guerra, em outubro de 2023, caracterizando a ação como punição coletiva. Claire Magone, diretora-geral da MSF França, declarou ao sítio da entidade: “as autoridades israelenses, com aval explícito dos EUA, decidiram punir coletivamente os moradores de Gaza, atacando com uma intensidade que remete às primeiras fases do conflito”. Os bombardeios, iniciados na noite de segunda-feira (17), quebraram o cessar-fogo de janeiro.
Magone alertou para os riscos iminentes: “os ataques implacáveis e ordens de evacuação das forças israelenses sugerem que uma nova etapa de operações militares está prestes a começar em Gaza”. Ela destacou o impacto na população: “os palestinos de Gaza não conseguirão suportar isso, nem física nem mentalmente. Suas esperanças de recuperar algo de suas vidas estão sendo destruídas”. A ajuda humanitária, prevista no acordo de trégua para aliviar a crise na região, nunca foi plenamente implementada por Israel, que bloqueou suprimentos desde o início de março, agravando a situação.
Até o último dia 18, a retomada da ofensiva, que resultou em mais de 400 mortes segundo o Ministério da Saúde de Gaza, ocorre em um momento em que hospitais estão colapsando e itens básicos, como água e medicamentos, não chegam há 17 dias, conforme a Oxfam. A MSF reforça a necessidade de retomar a trégua para permitir a entrada de assistência, um compromisso que Israel descumpriu, intensificando a crise humanitária na Faixa de Gaza.

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Last Update: 19/03/2025