Este Diário, sistematicamente, vem noticiando a política criminosa dos banqueiros de demissão em massa na categoria bancária que, além de reduzir drasticamente o quadro efetivo de funcionários através das famigeradas reestruturações com o fechamento de milhares de agências e dependências bancárias, vem se utilizando do sistema de substituição de bancários por trabalhadores terceirizados.
Os últimos dados apresentados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em janeiro de 2025, revela, mais uma vez, esse quadro das terceirizações no setor bancário que, tenhamos claro, faz parte da política desses sanguessugas da economia nacional de aumentar os seus lucros às custas da miséria da categoria bancária.
Conforme o último relatório do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) do dia 10 de março, baseados nos dados do Novo Caged, “o emprego bancário no país acumula um saldo negativo, de -7.077 postos nos últimos doze meses e de -141 no acumulado de 2025 (que compõe apenas o mês de janeiro, por enquanto). O emprego no ramo financeiro, exceto categoria bancária, por outro lado, acumula um saldo positivo de 20.588 postos nos últimos doze meses e 346 no acumulado de 2025”. (Dieese, Movimentação no Emprego do Ramo Financeiro Janeiro de 2025)
O desmantelamento dos bancos tem de ser entendido como parte da política dos banqueiros nacionais e internacionais de atendimento aos interesses políticos e econômicos do capital imperialista, contra os interesses da classe trabalhadora.
O quadro de terror instalado nos bancos é geral. As demissões em massa, terceirizações, achatamento salarial, cumprimento de metas de venda de produtos bancários, a insegurança e o pânico vividos pelos bancários em seus locais de trabalho, é a realidade cotidiana desses trabalhadores.
Os banqueiros parasitas vem garantindo no Brasil uma das maiores taxas de lucros de todo o mundo. Isso só é possível pela política econômica do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de favorecimento dos tubarões financeiros, como, por exemplo, o pagamento dos juros da dívida pública, em que os banqueiros embolsam quase a metade do orçamento nacional, bem como pela situação de superexploração dos bancários, que cada vez trabalham mais para ganhar menos, ou seja, lançar sobre as costas dos trabalhadores e do conjunto da população explorada todo o ônus da especulação e da orgia capitalista nacional e internacional.