
Nesta terça-feira (18), a missão dos astronautas Barry Eugene Wilmore, 62, e Sunita Williams, 59, à Estação Espacial Internacional (ISS) chegou ao fim após 286 dias em órbita. O que inicialmente deveria durar apenas oito dias acabou se estendendo por mais de nove meses, tornando-se um dos voos mais comentados dos últimos tempos. Com informações da Folha de S.Paulo.
A operação de retorno foi conduzida com sucesso pela Nasa e pela SpaceX. A cápsula Crew Dragon Freedom, da missão Crew-9, desacoplou-se da ISS na madrugada desta terça-feira, recebendo o sinal verde do controle da missão.
Cerca de 45 minutos após o acionamento dos propulsores, a amerissagem ocorreu no Golfo do México às 18h57 (horário de Brasília). A embarcação da SpaceX rapidamente realizou a recuperação da cápsula, e a tripulação desembarcou às 19h47.
O primeiro a sair foi Nick Hague, seguido por Alexandre Gorbounov, Sunita Williams e Barry Wilmore. O procedimento seguiu os padrões usuais da Nasa para missões prolongadas.
Splashdown of Dragon confirmed – welcome back to Earth, Nick, Suni, Butch, and Aleks! pic.twitter.com/M4RZ6UYsQ2
— SpaceX (@SpaceX) March 18, 2025
Diferente de outras expedições, a missão de Wilmore e Williams gerou discussão porque os astronautas partiram na cápsula CST-100 Starliner Calypso, da Boeing, e retornaram em outra nave. Originalmente, eles testariam a espaçonave em um voo de curta duração, mas falhas nos propulsores e vazamento de hélio levaram a Nasa a estender a missão para investigar os problemas.
A Boeing alegava que a Calypso poderia trazer os astronautas de volta em segurança, mas a Nasa optou pela precaução e integrou Wilmore e Williams à Expedição 72, garantindo um retorno com uma nave já testada.
A decisão da Nasa foi alvo de polêmica política. O agora presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o bilionário Elon Musk criticaram a administração Biden, sugerindo que os astronautas haviam sido “abandonados” no espaço. O dono do X chegou a afirmar que ofereceu um voo extra para resgatá-los, enquanto o republicano usou as redes sociais para reforçar a narrativa de negligência.
Entretanto, em entrevista antes do retorno, Wilmore negou qualquer envolvimento político na decisão de estender a missão. Ele ressaltou que astronautas treinam exatamente para estadias longas no espaço e que a prorrogação da missão foi baseada em critérios técnicos, não políticos.
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