
No último domingo (16), o padre André Luiz Teixeira de Lima, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição do Monteiro, no bairro de Guaratiba, Rio de Janeiro, foi impedido de celebrar a missa após ser alvo de um grupo de católicos extremistas. Os manifestantes exibiram uma faixa ofensiva na entrada da igreja e têm perseguido o religioso pela cidade, gravando os locais que frequenta e exigindo sua remoção da paróquia.
O grupo criou uma petição pedindo ao arcebispo da cidade que o afaste, alegando que ele não segue as diretrizes da Igreja Católica. O padre André é amplamente reconhecido por seu trabalho em prol do ecumenismo e do diálogo inter-religioso. Ele defende a convivência pacífica entre diferentes crenças.
A liberdade religiosa é um direito garantido pela Constituição, e ataques dessa natureza representam um risco para a convivência pacífica entre as religiões. O episódio gerou indignação entre fiéis e líderes religiosos, que cobraram das autoridades medidas para proteger o direito ao livre exercício da fé.
A Arquidiocese do Rio de Janeiro e grupos inter-religiosos repudiaram a ação contra o padre. O Movimento Inter-religioso da Zona Oeste (MIR-ZO) classificou a perseguição como um atentado à liberdade religiosa e reforçou a necessidade de combater discursos de ódio que ameaçam a diversidade de crenças.
Políticos também manifestaram apoio ao religioso. A deputada estadual Marina do MST (PT-RJ) declarou que o padre é um “exemplo de fé e compromisso com as comunidades” e defendeu que o respeito às religiões deve ser assegurado em um Estado democrático.
Toda solidariedade ao padre André Luiz, exemplo de fé e compromisso com as comunidades. Atacado por defender a vida,a liberdade e a paz,foi impedido de celebrar missa. Um ataque à liberdade religiosa. Estamos com ele e com todas as comunidades que resistem frente à intolerância.
— Marina do MST (@marinadomst) March 17, 2025
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