Os Estados Unidos admitiram que foram consultados por Israel sobre os ataques aéreos que marcaram o fim da trégua na guerra na Faixa de Gaza e mataram mais de 400 palestinos na madrugada desta terça-feira (18).
O presidente norte-americano, Donald Trump, ainda não comentou o caso publicamente, mas a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que os EUA sabiam da operação israelense contra o Hamas em Gaza e fez novas ameaças.
“Como o presidente Trump deixou claro – Hamas, os Houthis, o Irã e todos aqueles que buscam aterrorizar não apenas Israel, mas também os Estados Unidos da América, terão um preço a pagar. O inferno vai desabar”, afirmou Leavitt, em entrevista à emissora americana Fox News.
Mais cedo, o porta-voz do conselho de segurança nacional dos EUA, Brian Hughes, argumentou que “o Hamas poderia ter libertado os reféns para estender o cessar-fogo, mas em vez disso escolheu a recusa e a guerra”.
Israel alega que quebrou o acordo de cessar-fogo, assinado no Catar em janeiro, após o grupo paramilitar palestino se recusar a libertar reféns e rejeitar propostas sobre a segunda fase da trégua, ainda em negociação. “Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente“, prometeu o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em comunicado.
Mais cedo, o Hamas classificou os ataques como “violação flagrante de convenções humanitárias” e disse que os EUA sabiam da operação, o que “confirma sua parceria direta na guerra de extermínio contra nosso povo”.
A Organização das Nações Unidas (ONU), por sua vez, apelou para uma reação da comunidade internacional. “Pedimos a todas as partes com influência que façam tudo o que estiver ao seu alcance para alcançar a paz e evitar mais sofrimento aos civis“, clamou Volker Turk, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
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