A transformação digital trouxe avanços para diversas áreas, mas também aumentou a pressão sobre os trabalhadores. O imediatismo e a conectividade constante podem afetar a saúde mental, levando ao esgotamento profissional.
Um levantamento da plataforma de empregos Indeed mostrou que quase 60% dos trabalhadores se sentem estressados na maior parte do tempo. Além disso, apenas um em cada cinco afirma estar prosperando no trabalho. Entre os problemas mais graves está a síndrome de burnout, resultado do estresse crônico no ambiente profissional.
Para evitar que isso afete a produtividade e a retenção de talentos, muitas empresas estão adotando medidas para criar um ambiente de trabalho mais seguro. Nayara Teixeira, Diretora de Produto e Operações da Mapa HDS, destaca cinco ações que podem contribuir para essa mudança.
Fomentar respeito e inclusão
Uma cultura organizacional baseada em diversidade e respeito fortalece o senso de pertencimento dos trabalhadores.
Para garantir isso, é importante adotar políticas de tolerância zero contra assédio e discriminação. Além disso, treinamentos e workshops podem ajudar na sensibilização e no engajamento dos profissionais em iniciativas inclusivas.
Criar canais seguros de comunicação
Trabalhadores precisam de canais confiáveis para relatar problemas e sugerir melhorias no ambiente corporativo.
A criação de espaços anônimos para denúncias pode ser uma solução eficaz. Além disso, avaliações regulares sobre o clima organizacional permitem entender melhor as necessidades da equipe. Reuniões frequentes e feedbacks estruturados também ajudam a fortalecer a relação entre lideranças e funcionários.
Implementar políticas de saúde mental
A preocupação com a saúde mental deve fazer parte da estratégia da empresa. A Norma Regulamentadora 1 (NR-01), que passou por atualizações recentes, exige que as empresas avaliem riscos psicossociais no trabalho.
A partir de maio de 2025, a fiscalização do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) incluirá a análise desses fatores. Empresas que ainda não estruturaram políticas nessa área podem começar pelo PGR, que ajuda a identificar e mitigar riscos no ambiente corporativo.
Apoiar uma liderança empática e flexível
Gestores têm um papel central na construção de um ambiente saudável. Empresas devem investir na capacitação de líderes para que saibam gerenciar conflitos de forma respeitosa e equilibrada.
Além disso, permitir maior flexibilidade na jornada de trabalho pode reduzir a sobrecarga e melhorar a qualidade de vida dos profissionais.
Incluir a saúde emocional no planejamento estratégico
Mais do que ações pontuais, a promoção da saúde emocional precisa ser incorporada à cultura organizacional.
Isso envolve a revisão de práticas internas, a estruturação do ambiente de trabalho e a oferta de suporte adequado para os profissionais. Com isso, as empresas conseguem reduzir os impactos negativos do estresse ocupacional e aumentar a satisfação da equipe.