Na última segunda-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou a tentativa de golpe de Estado de 2022 com a ditadura militar.
A relação foi feita durante o seu discurso na cerimônia de posse do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília.
“Por trás dos episódios estão os mesmos ideais autoritários, métodos violentos e os mesmos agentes saudosos dos porões da ditadura”, declarou Lula.
Ainda em seu discurso, o presidente afirmou que a OAB foi um fator quase primordial para a restauração do estado democrático de direito, após 21 anos de ditadura militar.
“Após o golpe de 1964, foi uma das primeiras a se posicionar contra a ruptura. Na denúncia contra desaparecimento e tortura, a exemplo do deputado Rubens Paiva”, afirmou ele.
Lula ainda ressaltou que atualmente o Brasil vem lidando com “desafios complexos”.
“Nos deparamos com cenário global em que o fascismo ressurge sob novas formas. No Brasil, a intolerância política chegou ao extremo na tentativa de golpe contra a democracia”, citou.
Lava-jato
Lula também recordou o período em que foi condenado na Operação Lava Jato.
O presidente chegou a ser preso em 2018, porém, foi libertado após o Supremo Tribunal Federal (STF) anular as condenações, ao considerar que o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, se tornou suspeito no processo.
“Não é demais lembrar que graças à atuação da advocacia combativa pude ver minha inocência prevalecer frente ao abuso do poder perpetrado por grupo que quis tomar a Justiça e o direito para si”, finalizou o presidente.
*Com informações da CNN Brasil.