A Autoridade Palestina (AP) vem adotando uma nova tática de apoio a “Israel”: o bloqueio da emissão e renovação de passaportes para revolucionários palestinos. Atualmente, mais de 40 ex-prisioneiros deportados, libertados no acordo Shalit de 2011, informou a Rede Quds em março de 2025.
Exilados após a troca que soltou 1.027 palestinos por um soldado israelense, esses indivíduos enviaram pedidos de renovação há meses, sem resposta. A prática, não declarada oficialmente, restringe a mobilidade de ex-detentos vivendo no exterior, como Turquia, Catar e Síria, onde muitos foram realocados. A AP viola leis internacionais e locais que garantem documentos de viagem como direito humano básico, essencial à liberdade de movimento. Apesar de negar publicamente, a medida persiste, gerando críticas por desrespeitar normas fundamentais.
O acordo Shalit, mediado pelo Egito, libertou 477 prisioneiros na primeira fase, em outubro de 2011, e 550 na segunda, em dezembro, incluindo figuras condenadas por ataques contra civis israelenses. Dos libertados, 204 foram deportados, e a AP agora dificulta sua regularização documental.
Em 2014, “Israel” recapturou 60 desses ex-prisioneiros, alegando violações, o que o Hamas chamou de traição ao pacto. Recentemente, um cessar-fogo em 2025 libertou 1.731 palestinos, mas 192 seguem retidos no Egito, enfrentando barreiras similares da AP.

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Last Update: 18/03/2025