
A recente irritação de Maria Bethânia com os músicos durante a penúltima apresentação da turnê ao lado do irmão, Caetano Veloso, no último sábado (15), no Rio de Janeiro, continua repercutindo. O cantor Ed Motta relembrou uma situação semelhante que viveu no festival Rock The Mountain, em novembro de 2023, em Petrópolis, também no Rio de Janeiro.
Na ocasião, ele se desentendeu com um técnico da equipe durante sua apresentação e chegou a ser vaiado pelo público devido à exposição do funcionário.
Embora não tenha citado o nome de Maria Bethânia diretamente, o veterano fez uma reflexão sobre a forma como o público reage a diferentes artistas diante de situações semelhantes. “Presenciei uma famosa cantora da música brasileira enfrentando um problema no palco, algo recorrente na carreira dela. É sabido como ela trata os músicos e os colaboradores”, declarou.
O cantor, conhecido por músicas como “Fora da Lei” e “Manuel”, enfatizou que nunca teve problemas com sua equipe fixa e que a situação ocorrida no festival envolveu um profissional que ainda estava em período de teste. “Cometi um erro crasso durante meu concerto. Pelo fato de eu reclamar, tenho pago um preço na minha vida que não para”, desabafou.
Ed Motta descascando a Maria Bethânia. Eu quero é mais que o circo pegue fogo pic.twitter.com/CcXHhAR3KN
— O Corvo (@0C0RV0) March 17, 2025
Ed Motta também afirmou que se sente perseguido no Brasil e que, apesar de ter público no exterior, deseja continuar morando no país: “As pessoas me perseguem. O país… Eu tenho público no mundo inteiro. Poderia me mudar para qualquer lugar, mas não tenho vontade. Quero viver aqui. É absolutamente nojento e covarde o tratamento que me é dirigido”.
Além disso, o cantor criticou a imprensa brasileira, alegando que a influência midiática pode prejudicar a imagem de artistas. “As pessoas têm cabeça fraca, se influenciam por tudo. Botam pessoas inocentes na cadeia por influência da imprensa. Então, estou dentro dessa seara, das pessoas perseguidas pela imprensa cultural do Brasil”, opinou.
Por fim, Ed Motta comparou sua trajetória com a de Bethânia, apontando a diferença de percepção do público. “A plateia aplaude: ‘Maravilhosa’, ‘necessária’… Uma pessoa que não sabe tocar nem piano. Não sabe harmonia, não estudou música, nada. Eu sei tocar piano, eu estudei música. Mas, infelizmente, não tenho o respeito necessário no país do feijão e do futebol”.
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