Com o passar dos anos, o corpo da mulher passa por diversas transformações, e uma das mais significativas é a perda hormonal, especialmente do estrogênio. Todavia, além de afetar outros aspectos da saúde feminina, isso também tem impacto direto na qualidade e aparência da pele.
De acordo com a Dra. Talita Pompermaier, dermatologista, CEO do Instituto Pompermaier e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Mato Grosso, os primeiros sinais da redução hormonal podem ser percebidos a partir dos 30 anos, tornando-se mais evidentes na menopausa, que geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos.
A perda de estrogênio afeta diretamente a produção de colágeno e a capacidade de retenção de água na pele. “Com isso, notamos sintomas como ressecamento, perda de elasticidade, rugas e linhas finas, flacidez e alterações na textura da pele”, explica a especialista. Manchas escuras e acne hormonal também podem surgir, tornando a pele mais opaca e menos radiante.
Minimizando os efeitos da redução hormonal
Felizmente, há diversas formas de amenizar os impactos da redução hormonal na pele. A dermatologista destaca que o uso de produtos tópicos é um dos primeiros passos. “O uso de retinóides, ácido hialurônico e antioxidantes ajuda a melhorar a textura e a hidratação da pele”, afirma.
Além disso, procedimentos dermatológicos como laser, PDRN (polidesoxirribonucleotídeo, um tratamento dermatológico que utiliza DNA de salmão para melhorar a pele), preenchimentos dérmicos e toxina botulínica são opções eficazes para restaurar a firmeza e o viço da pele. Em alguns casos, a terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser indicada, mas sua adoção deve ser avaliada por um médico.

Influência dos hábitos diários na qualidade da pele
Além dos tratamentos, adotar hábitos saudáveis é essencial para retardar os efeitos da redução hormonal na pele. “Uma alimentação rica em antioxidantes e ácidos graxos essenciais, hidratação adequada e prática de exercícios físicos são fundamentais”, pontua a Dra. Talita Pompermaier. Ela também alerta que o consumo excessivo de café pode levar à desidratação da pele, enquanto uma vida sexual ativa pode auxiliar na regulação hormonal, refletindo na saúde cutânea.
Medicamentos e seus impactos na pele
A dermatologista explica que o uso de anticoncepcionais pode ajudar a equilibrar hormônios e melhorar quadros de acne, mas também pode desencadear efeitos colaterais como manchas e aumento da oleosidade. “A reposição hormonal pode ser benéfica para a hidratação e elasticidade da pele, mas deve ser acompanhada por um profissional”, reforça a Dra. Talita Pompermaier.
Evitando o envelhecimento precoce da pele
Manter uma rotina de skincare adequada é essencial para evitar o envelhecimento precoce da pele. “Limpeza adequada, hidratação e proteção solar são fundamentais. Além disso, o uso de produtos com peptídeos, colágeno e antioxidantes ajuda a retardar os sinais do envelhecimento“, recomenda a Dra. Talita Pompermaier. Consultas regulares com um dermatologista são indispensáveis para avaliar as necessidades específicas da pele e ajustar os cuidados ao longo dos anos.
Por Gabriela Andrade