‘Bolsonaro tem medo da prisão’, diz Gleisi, rebatendo discurso de Tarcísio em ato no Rio

Gleisi Hoffmann (esquerda) usou o X (ex-Twitter) para responder à declaração de Tarcísio de Freitas (dir.). Foto: Reprodução

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, rebateu as declarações de Tarcísio de Freitas durante o ato pró-anistia realizado neste domingo (16) em Copacabana.

“O presidente Lula disputou seis eleições ao Planalto. Quando não venceu, respeitou o resultado, não tramou golpes nem atacou as instituições. Não é Lula que tem medo de perder, governador Tarcísio. É Bolsonaro que tem medo da prisão”, escreveu a petista nas redes sociais.

VÍDEO: Tarcísio é chamado de “genocida” e “assassino” em ato em Copacabana

No evento, o governador de São Paulo atacou o governo federal e defendeu a anistia a Bolsonaro.

“Ninguém aguenta mais a inflação. Ninguém aguenta mais arroz caro, gasolina cara, o ovo caro. Prometeram picanha e não tem nem ovo. E, se tá tudo caro, volta Bolsonaro”, discursou. Tarcísio, que é cotado como possível candidato da direita à Presidência, também questionou a inelegibilidade de seu padrinho político. “Qual a razão de afastar das urnas? É medo de perder a eleição?”

Além das críticas econômicas, o governador defendeu a anistia dos condenados pelos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023.

Ele mencionou nominalmente Clezão, um dos presos pelos ataques, e outras pessoas ligadas ao movimento bolsonarista.

“A gente está aqui em homenagem ao Clezão. A gente está aqui pela família dele porque o Clezão não pode ter ido em vão. A gente está aqui pela Débora [Santos]. A gente está aqui pela Ezequiel. A gente está aqui para fazer a diferença”, afirmou.

A manifestação foi mais uma tentativa de pressionar o Congresso e o STF a rever as punições impostas aos extremistas que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Organizado por Silas Malafaia, o ato teve adesão abaixo do esperado e contou com a presença de diversos aliados do ex-presidente, incluindo Flávio Bolsonaro e parlamentares do PL.

A fala de Tarcísio reforça o esforço da direita para manter Bolsonaro no centro da disputa política de 2026, mesmo com sua inelegibilidade. Nos bastidores, há um embate entre aliados sobre o melhor nome para representar o bolsonarismo, com Tarcísio despontando como alternativa. No entanto, Gleisi e lideranças governistas argumentam que a questão não é eleitoral, mas judicial.

O próprio Bolsonaro evitou confrontar diretamente o STF no evento, mas manteve o discurso de que é alvo de perseguição política. Enquanto isso, a base governista insiste que os ataques ao Judiciário são uma tentativa de desviar o foco da responsabilidade do ex-presidente nos atos antidemocráticos.

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