Setores identitários, aliados a uma direita demagógica, aproveitaram a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a ministra Gleisi Hoffmann (PT), chamada por ele de “mulher bonita” na articulação política, para atacar o governo nesta quarta-feira (12). Durante um evento com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Lula fez uma brincadeira, dizendo que escolhia Hoffmann também pela sua aparência:
“Eu quero mudar, estabelecer a relação com vocês; por isso, eu coloquei essa mulher bonita para ser ministra de Relações Institucionais.”
Tal comentário que gerou reações de bolsonaristas e de figuras como a jornalista Andréia Sadi, da GloboNews. O caso mostra como o identitarismo cria polêmicas, como a que a oposição usa contra o governo, enquanto finge indignação.
A declaração de Lula foi um prato cheio para os bolsonaristas. O deputado Zucco (PL-RS) acusou o presidente de reduzir mulheres a atributos físicos, ironizando que a política virou “um concurso de beleza”. A deputada Coronel Fernanda (PL-MT) foi mais longe, exigindo um manifesto contra Lula e afirmando que “mulher não pode ser escolhida pela aparência”.
A hipocrisia da direita é evidente: Jair Bolsonaro, referência desses críticos, tem um histórico de ataques reais, como a agressão e os insultos a Maria do Rosário (PT-RS), empurrada por Bolsonaro quando ainda era deputado federal, que ainda disse: “não merece ser estuprada por ser feia”. Há apenas seis dias, o líder da extrema direita disse que as petistas são “incomíveis”.
Enquanto a oposição faz demagogia barata, identitários como a jornalista Andréia Sadi engrossam o coro contra Lula. No Estúdio i, a jornalista se disse “estarrecida” e “indignada”, argumentando que a fala desqualifica Gleisi, uma profissional competente. “Ela está lá pelos méritos dela, não pela aparência”, disparou, rejeitando explicações geracionais para o presidente. Flávia Oliveira, da mesma emissora, chamou o comentário de “lamentável”. As jornalistas da Globo refletem uma postura tipicamente identitária, que transforma brincadeiras em escândalos, embora aqui, o interesse em atacar o governo seja parte da política normal da emissora em que Oliveira e Sadi atuam.

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Last Update: 14/03/2025