Um preciosismo absurdo da UEFA, ao anular um pênalti de Julián Alvarez por um suposto toque duplo acidental, selou a eliminação do Atlético de Madrid nas oitavas da Champions League, em 12 de março de 2025, e garantiu a classificação do Real Madrid às quartas. Após o escorregão do argentino na cobrança, o VAR interveio, alegando que seu pé de apoio roçou a bola antes do chute, mesmo sem intenção clara. A decisão, que favoreceu os merengues no placar de 4 a 2 nos pênaltis, revoltou o Atlético, que agora vê a entidade europeia admitir falhas na regra e prometer debates com a FIFA e a IFAB para revisar casos assim.
O lance decisivo ocorreu na segunda cobrança do Atlético contra o Real. Alvarez escorregou, mas mandou a bola para as redes. O VAR, com uma análise milimétrica, apontou o toque mínimo do pé de apoio, anulando o gol. Goleiro do Atlético, Jan Oblak até defendeu um chute rival, mas Marcos Llorente desperdiçou outra cobrança, e Rüdiger fechou a vitória do Real. A UEFA, pressionada pelo protesto formal do Atlético, reconheceu em nota que o contato foi “mínimo” e “não intencional”, mas manteve a decisão – um rigorismo que cheira a favorecimento ao time da elite do imperialismo.
Contrastando com esse preciosismo, na Copa de 2022, Lionel Messi também escorregou em uma cobrança contra a Polônia, tocando a bola duas vezes, mas o pênalti não foi anulado – ele teve nova chance e converteu. A diferença de critério expõe a incoerência das regras: Alvarez foi punido com a eliminação do Atlético, enquanto Messi seguiu em frente.
A UEFA agora fala em discutir com a FIFA e a IFAB uma flexibilização para toques acidentais, mas o estrago está feito. O Atlético, prejudicado por uma norma rígida demais, ficou pelo caminho, enquanto o Real, beneficiado, avança para encarar o Arsenal. Mais uma prova de que o futebol europeu protege seus queridinhos.