
O deputado federal Gustavo Gayer (PL) revelou que conversou com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e enviou uma mensagem de áudio para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), após as ameaças de um pedido de cassação de mandato.
O bolsonarista está sendo alvo de críticas após sugerir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha “oferecido” a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) a Motta e Alcolumbre, “como um cafetão oferece uma GP [garota de programa]”. Ele ainda disse que imaginou Gleisi, o deputado federal Lindbergh Farias (PT), que é companheiro da petista, e Alcolumbre fazendo um “trisal”.
Após o Partido dos Trabalhadores e o presidente do Senado avisarem que vão entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara e com uma ação judicial contra ele, Gayer tentou se justificar em declarações enviadas à Folha de S.Paulo e alegou que estão pondo o foco nele para tirar o alvo de Lula.

“É muito curioso que estão usando minha postagem para desviar o foco, sendo que eu fui o único deputado que saiu em defesa da ministra no plenário ontem [quarta-feira]”, pontuou.
O bolsonarista seguiu: “Estão atacando ferozmente o único parlamentar que defendeu a ministra no plenário. Como se estivessem extravasando agora a raiva de terem ficado em silêncio ontem passando pano para o Lula. E agora querem fingir que estão ‘defendendo a Gleisi’”.
Sobre o deputado federal Lindbergh Farias, que foi citado por Gustavo Gayer em diversas publicações, o político do Partido Liberal disse que se criou um clima de revolta porque ele recebeu uma cobrança para defender a ministra: “E ele ficou em silêncio. Respondeu depois do meu tweet”.
O bolsonarista afirmou que já conversou com Hugo Motta e que mandou um áudio “esclarecendo os fatos para o Alcolumbre”. De acordo com ele, o presidente do Senado ainda não respondeu porque está em uma solenidade.