Um encontro do litoral com a floresta. Do Ceará com o Pará. O Festival Choro Jazz, realizado desde 2009 como um dos principais eventos do calendário musical brasileiro, retorna em 2024 com muitas novidades, a começar por uma nova abrangência do evento, que contará com edições em dois estados e em cinco cidades. Apresentado pela Petrobras, que renovou sua parceria de patrocínio, e pelo Ministério da Cultura, o festival conta com apoio institucional da Fundação Cultural do Pará, da Prefeitura de Soure e dos governos estaduais do Ceará e do Pará.  

O evento, que tem idealização e curadoria de Antônio Ivan Capucho e organização da Iracema Cultural, está completando 15 anos. E acontecerá pela primeira vez em outro estado além do Ceará, aportando na região norte, em parceria com o tradicional Festival Marajoara de Cultura Amazônica (FEMCA) com shows em Soure, na ilha do Marajó, nos dias 13 e 14 de julho, sábado e domingo, em que suas programações se encontram e interagem, em um modelo disruptivo e inovador de partilha artística, resistência cultural e formação de público. Já em Belém, a programação acontece no sábado, 20/7, na Casa das Artes, equipamento da Fundação Cultural do Pará. 

O festival também promoverá oficinas de música em Soure, nos dias 15, 16 e 17 de julho. Uma novidade que inaugura uma nova etapa na história do Festival Choro Jazz, com a itinerância por outras praças, além das tradicionais Fortaleza e Jericoacoara. E com um marcante encontro do litoral com a floresta, do Ceará com o Pará, do Choro Jazz com as tradições, saberes, sabores, sonoridades e ancestralidades do FEMCA, que reúne mestres e mestras da cultura paraense para o Brasil e o mundo!

Artistas referenciais, como Dona Onete e Nazaré Pereira, serão homenageadas pelo Festival Choro Jazz, nas programações em Soure e em Belém, respectivamente. Já a partir do encontro entre os festivais, também serão homenageados outros grandes mestres da cultura marajoara: Mestre Diquinho e Mestra Amélia, que integram a programação do FEMCA e que subirão ao palco do Choro Jazz. 

Choro Jazz e FEMCA: a força do encontro

O Marajó, também conhecido como a barreira do mar, é marcado pelo encontro do majestoso rio Amazonas com o Oceano Atlântico, é um encontro de gigantes, a água doce em contato com o sal do oceano tempera a natureza, a cultura e a vida do povo Marajoara.

Este ano a identidade visual do Festival Marajoara de Cultura Amazônica traz o mapa do Marajó representado por uma rede de pesca e, no seu entorno, pessoas tecendo a grande teia, que conecta diversos caminhos. Assim como o Amazonas, grande e majestoso se deixa abraçar pelo monumental Oceano Atlântico, o Festival Marajoara de Cultura Amazônica recebe e se entrelaça com o Festival Choro Jazz, que pela primeira vez aporta em Soure, a capital do Marajó. É a rede, é o encontro e é um abraço fraterno que vai colocar no mesmo palco Mestres e Mestras Marajoaras com artistas consagrados de Belém e do Brasil.

Na grande festa, todos ganham, principalmente o público, que vai curtir muito jazz, choro e carimbó com atrações trazidas pelo Festival Choro Jazz, como Dona Onete, Trio Lobita, Hermeto Pascoal, Renato Borghetti, Adamor do Bandolim, e atrações trazidas pelo Festival Marajoara de Cultura Amazônica (FEMCA), Tambores do Pacoval, Cruzeirinho, Allan Carvalho, dentre outros que estarão lado a lado tecendo juntos essa incrível rede.

O Choro Jazz e o Festival Marajoara de Cultura Amazônica metaforicamente, Oceano e o Amazonas, vão se intercalando. Há momentos de ser o rio, e outros pra ser Oceano. Assim, nos Cortejos, é o Festival Marajoara de Cultura Amazônica quem recebe o desaguar do Choro Jazz. E no palco do Parque de Exposições de Soure é o Festival Choro Jazz quem recebe o Festival Marajoara.

Programação no Pará: dos Mestres do Marajó a Hermeto Pascoal

O Festival Choro Jazz chega ao Pará entre os dias 13 e 20 de julho, começando pelo município de Soure, com shows nos dias 13 e 14 e oficinas entre os dias 15 e 17. A etapa paraense se encerra com shows no sábado, dia 20/7, em Belém. 

Em Soure, na Ilha do Marajó, o festival tem sua abertura às 18h do sábado, 13/7, com o cortejo do Festival Marajoara de Cultura Amazônica, o Carimbloco, que pela primeira vez terá como ponto de concentração a sede do grupo Cruzeirinho. O Carimbloco é conduzido pelos seus criadores, o Grupo Tambores do Pacoval, que ganha as ruas com muito carimbó. A chegada do cortejo será no Parque de Exposições para dar as boas-vindas ao Choro Jazz as boas-vindas ao Pará e ao Marajó.

A chegada do arrastão está prevista para as 20h30, com os Mestre Diquinho e Tia Amélia subindo ao palco para receber homenagens. Em seguida o grupo Tambores do Pacoval faz o primeiro show da noite.

Às 22h30, no segundo show da noite de estreia do festival no Pará, duas outras grandes referências regionais do choro sobem ao palco: o Trio Lobita convida Adamor do Bandolim. À meia-noite, hora e vez do bruxo Hermeto Pascoal, 87 anos, se apresentar para o público em Soure. A partir das 2h da manhã, o Arraial do Pavulagem encerra o primeiro dia de Festival Choro Jazz.

14/7, segundo dia em Soure: de Borghetti a Dona Onete

No domingo, 14/7, segundo dia de atividades do Choro Jazz em Soure, a programação no Parque de Exposições tem início às 19h. A noite começa ao comando do Grupo Cruzeirinho e da Mestra Amélia. 

Às 19h15 apresenta-se o grupo Charme do Choro, formado exclusivamente por mulheres. Às 20h45 sobe ao palco o Trio Manari e, às 22h15, o acordeonista Renato Borghetti, do Rio Grande do Sul. 

Às 23h45, hora e vez da Orquestra Aerofônica e, encerrando a programação em Soure, à 1h15 da manhã, Dona Onete, 84 anos, a diva do carimbó chamegado, fechando a noite com dança e tradição. 

Programação em Belém, sábado, 20/7: Nilson Chaves, Eudes, Nazaré, Hermeto, Pavulagem

No sábado, dia 20/7, em Belém, a programação tem início às 17h, com o projeto Choro do Pará. E segue às 18h15 com os cantores e compositores Nilson Chaves, do Pará, e Eudes Fraga, cearense de há muito radicado em Belém, grandes parceiros, referências e vencedores de inúmeros festivais. 

Às 19h30 tem Renato Borghetti e, às 21h, dona Nazaré Pereira, veterana representante da cena chorona paraense, hoje radicada em Paris. Às 22h30 o bruxo Hermeto Pascoal sobe ao palco, em um show especialíssimo para o festival na capital paraense. Encerrando a noite, o tradicional Arraial do Pavulagem, que costuma levar multidões às ruas de Belém, com seu famoso Arrastão.

Novidades também no Ceará: o Choro Jazz vai ao Cariri

Também haverá novidades neste ano para o público do Ceará. O Festival Choro Jazz chegará pela primeira vez a uma outra região, além do litoral. Além dos shows em Fortaleza e em Jericoacoara, que já compõem a história do evento, desde 2009, o Choro Jazz vai estrear na região sul do Estado, no Cariri, conhecida pela imensa riqueza e forte diversidade cultural, pelo diálogo entre vários municípios próximos, por ser um grande entreposto comercial, logístico e cultural e por contar com a presença de muitos músicos e de um público atento à história, às tradições e à contemporaneidade, à cultura e à arte.

No Cariri, a programação vai acontecer no mês de setembro, com oficinas entre os dias 16 e 19 e shows nos dias 20, 21 e 22, no Centro Cultural do Cariri, no município do Crato, em parceria com o Instituto Mirante e com a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará – Secult. 

Em Fortaleza o Festival Choro Jazz acontecerá nos dias 29 e 30/11 e 1o. de dezembro, em parceria com a Secretaria da Cultura de Fortaleza – Secultfor. Na capital, no dia 29/11, também acontecerão oficinas do festival, em parceria com as organizações de educação musical vinculadas à Secretaria Municipal de Cultura (Secultfor) e ainda à ONG Casa de Vovó Dedé, localizada na Barra do Ceará, periferia de Fortaleza.

Em Jericoacoara, o Festival Choro Jazz vai acontecer entre os dias 3 e 8 de dezembro, também incluindo oficinas nos dias 3 a 6/12, além dos shows de terça a domingo, 3 a 8/12.

Categorizado em:

Governo Lula,

Última Atualização: 02/07/2024