A seção brasileira da agência sionista norte-americana StandWithUs publicou uma nota em seu perfil oficial no X no último dia 30, por ocasião do ato nacional em defesa da Palestina ocorrida em São Paulo no mesmo dia, momento em que centenas de pessoas do todo o País se uniram na praça Oswaldo Cruz para manifestar repúdios aos crimes monstruosos de “Israel” e o apoio ao povo palestino, e sua heroica resistência contra os invasores apoiados pelo imperialismo. Expressando o temor do sionismo com a adesão popular aos atos que defendem a Resistência Palestina, a publicação dos lobistas de “Israel” rebaixa-se a pedir ataques aos direitos democráticos da população brasileira, destacadamente a liberdade de expressão e o pluralismo político.
“Mais uma vez, atos pró-Palestina viram atos a favor de grupos terroristas que não se importam com vidas civis ou com o futuro da região. São radiciais que não se importam com vidas civis, mas com a destruição de Israel, único país de maioria judaica do mundo. Já passou da hora de proibir esses atos de incitação à violência e ao racismo no Brasil. Nas imagens, é possível ver bandeiras do Hamas e do Hezbollah. Elas foram tiradas hoje (30), na Avenida Paulista, em São Paulo.”
A nota, como se vê, emprega doses cavalares de cinismo. Sendo uma agência lobista de “Israel”, a ONG mantém, por exemplo, a política de defesa do país artificial no momento em que dezenas de milhares de pessoas de palestinos são cruelmente assassinados, dos quais a esmagadora maioria são mulheres e crianças. A preocupação com “vidas civis” por parte da StandWithUs é evidentemente nula, um mero recurso retórico para tentar confundir potenciais apoiadores da Resistência Palestina, como a imensa massa de brasileiros oprimidos por um sistema decadente e por isso mesmo, naturalmente inclinados a apoiar os palestinos e repudiar os crimes israelenses.
Este, inclusive, é o fundo social do medo dos sionistas com a propaganda em defesa dos partidos que enfrentam a ocupação, destacadamente o Movimento Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe), a Jiade Islâmica, Frente Popular para a Libertação da Palestina e a Frente Democrática para a Libertação da Palestina. Para prevenir não só o apoio do povo brasileiro, mas sobretudo a inspiração para encerrar a opressão sofrida pelas massas trabalhadoras do gigante latino-americano, toda a artilharia de agitação e propaganda sionista é mobilizada pelo imperialismo, sem outro objetivo além de manter sua ditadura contra o resto da humanidade.
Além da ONG StandWithUs, a propaganda sionista foi impulsionada por outros elementos no X, como se pode ver nas publicações sionistas abaixo:
É perceptível a campanha em marcha para tentar sufocar o apoio aos palestinos e impedir o crescimento da campanha de solidariedade à Palestina no País. Em todo o planeta, a propensão popular a apoiar o povo palestino é enorme, colocando riscos para a dominação imperialista, mas no caso brasileiro, a preocupação é ainda maior.
Em primeiro lugar, o Brasil é a principal nação latino-americana, a maior e mais desenvolvida economia da região e por isso mesmo, com grande influência sobre o restante da América Latina. Assim como a força do País impulsionou uma onda de governos nacionalistas na região na primeira década do século XXI, existe o temor, por parte do imperialismo, que o apoio ao povo palestino cresça e impulsione um movimento ainda mais contundente de contestação ao sionismo entre os países latino-americanos. Na zona direta de influência dos Estados Unidos, isto teria um efeito devastador para a manutenção de “Israel” dentro da maior potência imperialista do planeta.
Nisto resulta o segundo grande problema do crescimento do apoio palestino em solo brasileiro. A posição geográfica do Brasil dá aos eventos políticos ocorridos no País uma relevância muito maior do que em outras nações atrasadas, com potencial desestabilizador mesmo no interior dos EUA, o que pode ser fatal nesse momento, marcado por graves enfrentamentos enfrentados pela ditadura mundial, onde o imperialismo se prepara para uma guerra de grandes proporções contra as principais nações atrasadas do planeta.
Nesse sentido, para manter o País sob controle, todas as opções estão sendo consideradas, incluindo-se um endurecimento brutal no regime político. Isso fica evidente nas campanhas pela censura e no ataque ao pluralismo político, tal como faz a ONG StandWithUs na publicação em que defende a repressão contra as posições políticas do Partido da Causa Operária (PCO).
Por essa razão, os setores mais conscientes da esquerda brasileira e dos movimentos sociais, de trabalhadores, camponeses e estudantes, devem intensificar a defesa da Resistência Palestina, apoiar o Hamas e os demais partidos que travam a luta contra o sionismo na Palestina e também, lutar contra as tendências fascistas de repressão aos direitos democráticos no Brasil, pela liberdade plena de expressão e de associação.