O Ministério da Fazenda lançou nesta segunda-feira (10/3) a plataforma REPIS Cidadão, criada para facilitar a consulta e o saque de valores residuais das cotas do extinto Fundo PIS/Pasep.

O sistema permitirá que trabalhadores e beneficiários legais acessem todas as informações em um único ambiente. No site http://repiscidadao.fazenda.gov.br/, será possível verificar se há valores disponíveis e como realizar o saque. A consulta também pode ser feita pelo aplicativo do FGTS.

Quem tem direito aos valores

Os valores disponíveis correspondem às cotas do Fundo PIS/Pasep para pessoas que trabalharam com carteira assinada ou foram servidores públicos entre 1971 e 1988 e ainda não realizaram o saque.

O montante varia conforme o tempo de serviço no período e o salário recebido à época. O Ministério da Fazenda estima que a média dos valores disponíveis seja de R$ 2,8 mil por beneficiário.

Segurança e prazos para saque

Os primeiros ressarcimentos serão pagos em 28 de março. Para acessar a plataforma, é necessário ter uma conta Gov.br nos níveis prata ou ouro.

A exigência reforça a segurança dos usuários e garante o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Comparação com o Sistema de Valores a Receber

O REPIS Cidadão foi desenvolvido com base no modelo do Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central.

Assim como o SVR permite a consulta de valores esquecidos em bancos e consórcios, o novo sistema garante acesso rápido e seguro às cotas do antigo Fundo PIS/Pasep.

Diferença entre REPIS Cidadão e o abono salarial

O REPIS Cidadão não tem relação com o pagamento do abono salarial do PIS/Pasep.

O abono salarial de 2025 é um benefício destinado a trabalhadores e servidores que atuaram formalmente por pelo menos 30 dias no ano-base de 2023 e tiveram remuneração de até dois salários mínimos (R$ 2.604 na época), conforme informações do Ministério do Trabalho e Emprego.

Histórico do Fundo PIS/Pasep

Criado pela unificação dos fundos PIS e Pasep em 1975, o Fundo PIS/Pasep deixou de receber novos depósitos a partir de 1989.

Os recursos passaram a ser destinados ao financiamento de programas como Seguro-Desemprego e Abono Salarial, além de projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em 31 de maio de 2020, o fundo foi oficialmente extinto e os valores remanescentes foram incorporados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

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Last Update: 11/03/2025