O Brasil encerrou 2024 com crescimento de 3,4% no PIB, consolidando uma sequência de quatro anos positivos. A taxa de desemprego também alcançou seu menor patamar histórico (6,6%), desde de 2012. Em tese, um quadro animador. Entretanto, a sensação nas ruas e nos mercados diz o oposto. Parte da explicação está na renda estagnada. Embora os ganhos médios da população tenham subido pelo segundo ano consecutivo (1,5%), o ganho real foi de apenas R$ 100 em uma década: era de R$ 3.125 em 2014 e passou para R$ 3.225 em 2024.
O governo Lula tem conseguido bons números, é verdade, e lançou pacote de medidas, anunciado nesta quinta (6 de março), para reduzir o preço de alimentos como café, açúcar e carnes. No entanto, juros altos e uma inflação acima da meta corroem o humor da população. Com ciclos de crescimento espasmódicos, o país segue refém de soluços econômicos e sem muita esperança à vista, seja à esquerda ou à direita.
