Nesta sexta-feira, em visita a um assentamento do MST na área rural de Campo do Meio, no Sul de Minas, o presidente Lula (foto/reprodução internet) reafirmou que 2025 será o “o ano da colheita” – sem espaço para desculpas ou choradeira. Sem esconder o incômodo com a lentidão das entregas na área, a fala teve o objetivo de acalmar os ânimos do movimento, que pressiona por mais assentamentos e ameaça retomar uma temporada de invasões em abril. Ao lado de ministros e da primeira-dama Janja, Lula fez afagos ao MST, relembrou o apoio recebido durante sua prisão e garantiu que não esquece quem são seus “amigos” de verdade.
O gesto ocorre em meio à fritura de Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, que acumula críticas do MST, apesar de contar com o respaldo da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Com uma base ruralista cada vez mais hostil no Congresso e um aliado desconfortável no ministério, o presidente tenta equilibrar o discurso de amigo fiel com a paciência cada vez menor do movimento.
