A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024. É o que mostra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado nesta sexta-feira 7.
No total, foram 11,7 trilhões de reais produzidos pela economia do País no ano passado. O crescimento de 2024 foi mais forte do que aquele registrado em 2023, quando o PIB cresceu 2,9%.
Para consolidar o número, o IBGE divulgou o PIB do último trimestre de 2024, mostrando que houve um avanço tímido de 0,2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.
Com os dados do IBGE, o PIB de 2024 representa o maior avanço desde 2021, quando a economia brasileira cresceu 4,8%.
O resultado do ano passado veio abaixo da mediana de 3,5% esperada por analistas ligados à consultoria Bloomberg. O número também não alcançou o projetava o governo federal, que estimava que a riqueza produzida pela economia do País avançaria 3,5% no ano passado, percentual que também era estimado pelo Banco Central (BC).
Os dados – e as expectativas – sobre o desempenho da economia brasileira em 2024 foram variando ao longo do ano. Logo no primeiro semestre, parte do mercado e o próprio governo federal trabalhavam com o cenário em que a economia cresceria abaixo dos 2%.
Entretanto, a retomada de investimentos, a melhoria no mercado de trabalho e a ampliação da demanda interna levaram a um crescimento mais robusto da economia.
Apesar do número total ser considerável, a trajetória da economia do País em 2024 mostra perda de fôlego nos últimos trimestres. Além dos 0,2% já citados sobre o último trimestre, o período de julho a setembro expressou um crescimento de 0,7%.
Os dados do PIB podem ser divididos em duas categorias principais: a oferta e a demanda. Do lado da oferta, a indústria brasileira cresceu 3,3% no ano passado, enquanto o setor de serviços avançou 3,7%. Já a agropecuária teve um recuo significativo de 3,2%.
Sob o prisma da demanda, o consumo das famílias cresceu 4,8%, em movimento que tem relação com a alta nos preços dos alimentos. Já o investimento cresceu 7,3%, enquanto o consumo do governo avançou 1,9%.
Há, também, disparidade entre os números das importações (com crescimento de 14,7%) e das exportações (2,9%), o que mostra uma contribuição tímida do setor externo.
Para 2025, analistas do mercado financeiro projetam, através do relatório Focus, que a economia do Brasil crescerá 2,01%.