
A candidatura do ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, ao cargo de secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) enfrenta forte rejeição entre os países-membros. Diplomatas avaliam que sua derrota na eleição da próxima segunda-feira (10) já é “irreversível”, com a maioria dos votos se consolidando em favor do chanceler do Suriname, Albert Ramdin. Com informações da colunista Bela Megale, do Globo.
O Brasil, junto com Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai, declarou apoio a Ramdin, seguido por Costa Rica, Equador e República Dominicana. Outros países, como Guatemala e Canadá, também manifestaram suporte ao candidato do Suriname. Além disso, 14 nações do Caribe, que integram a Comunidade do Caribe (Caricom), já haviam endossado sua candidatura.

Para vencer, são necessários 18 votos, e Ramdin já superou essa marca, enquanto Ramírez Lezcano tem apoio declarado apenas da Argentina e do Panamá. Apesar de buscar proximidade com Donald Trump para garantir a indicação, o governo dos Estados Unidos ainda não formalizou apoio ao paraguaio.
Trump chegou a se reunir com Ramírez Lezcano em novembro, o que gerou a percepção de um possível endosso, mas nenhuma declaração oficial foi feita. O chanceler do Suriname, por outro lado, ganhou adesão expressiva ao longo das últimas semanas, tornando sua vitória praticamente certa.
No Itamaraty, diplomatas acreditam que Ramírez Lezcano pode retirar sua candidatura para evitar um revés formal. Se isso ocorrer, Albert Ramdin poderá ser eleito por aclamação para um mandato de cinco anos à frente da OEA.
A organização, que tem papel central na observação eleitoral no continente, acompanha disputas presidenciais e crises políticas. Em janeiro, uma missão da OEA esteve no Brasil para apurar denúncias feitas por bolsonaristas contra o Judiciário, investigação que ainda está em andamento.
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