O Paraguai retirou na quarta-feira 5 a candidatura de seu chanceler, Rubén Ramírez, ao cargo de secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), anunciou o presidente Santiago Peña em um comunicado.
“Decidi retirar a candidatura do ministro das Relações Exteriores, Rubén Ramírez Lezcano, um diplomata de longa trajetória e de merecido prestígio não apenas regional, mas mundial”, afirmou o chefe de Estado.
“Nos últimos dias e de forma abrupta e inexplicável, o Paraguai foi informado por países amigos da região, com os quais compartilhamos um espaço e história comuns, que modificaram seu compromisso inicial com nosso país e decidiram não acompanhar finalmente a proposta”, lamentou Peña.
Em pouco mais de 24 horas, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Uruguai, Costa Rica, Equador e República Dominicana anunciaram que apoiarão a candidatura do chanceler do Suriname, Albert Ramdin, que também recebeu o respaldo da Comunidade do Caribe (Caricom).
Peña expressou no comunicado que o objetivo da candidatura de Ramírez era “recuperar a relevância institucional da OEA, acima de interesses particulares e de ideologias”.
“Nesta visão, não cabe a separação de povos irmãos por questões ideológicas conjunturais, e sim a luta por valores, princípios e ideais que fazem nosso continente tão único”, expressou.
A eleição do sucessor do uruguaio Luis Almagro à frente da OEA, com mandato de cinco anos, está programada para 10 de março.
O surinamês Ramdin é o único aspirante ao cargo, mas existe a possibilidade de que outro nome seja apresentado até o último minuto. Para conseguir o cargo, são necessários pelo menos 18 votos do bloco, integrado por 34 membros.