O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao lado de Carlos Cesar Moretzsohn Rocha em coletiva, o primeiro sério e o segundo falando em microfone
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao lado de Carlos Cesar Moretzsohn Rocha  em coletiva – Reprodução/CNN

O engenheiro Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL), se manifestou oficialmente sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado. Em documento protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF), ele afirmou que nunca mencionou fraudes nas urnas eletrônicas. Com informações do UOL.

Em 2022, o Partido Liberal (PL) contratou o Instituto Voto Legal para avaliar as urnas eletrônicas e embasar questionamentos ao sistema eleitoral. O parecer elaborado pelo IVL sugeriu, sem apresentar evidências concretas, que as urnas poderiam ser fraudadas.

Denúncia e envolvimento no inquérito

Carlos Rocha está entre os 34 denunciados pela PGR no inquérito sobre a tentativa de golpe. Após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o engenheiro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, apresentaram uma “auditoria” do sistema eleitoral em coletiva de imprensa. Ele, que se declara um dos criadores da urna eletrônica e solicitou patente do dispositivo em 1996, agora busca se desvincular das acusações.

Em manifestação ao STF, a defesa de Rocha ressaltou que nem ele nem o IVL mencionaram fraudes em seu parecer técnico. “A identificação das possíveis causas das desconformidades ou evidências de mau funcionamento não fez parte do escopo do trabalho técnico realizado pelo IVL”, afirmou a defesa.

A defesa também argumenta que Rocha nunca integrou organizações criminosas ou divulgou informações para terceiros além do contratante, o PL, representado por Valdemar Costa Neto, que não foi denunciado no processo.

Mão com unhas pintadas e anel apertando tecla confirma da urna eletrônica em close
Urna eletrônica – Reprodução/Agência Brasil

Uso político do parecer é responsabilidade do PL

Os advogados de Rocha alegam que o parecer do IVL foi utilizado politicamente pelo PL, e que a responsabilidade por isso cabe exclusivamente ao partido. “O trabalho do IVL foi limitado ao escopo de fiscalização contratado pelo PL e seguiu todas as etapas previstas no contrato, como análises de logs e avaliações técnicas. Qualquer uso político dos documentos extrapola a responsabilidade de Carlos Rocha e recai exclusivamente sobre o contratante”, defenderam os advogados.

A defesa também solicitou que o caso seja remetido à primeira instância, argumentando que Rocha não possui foro privilegiado e, portanto, não deveria ser julgado pelo STF. Além disso, os advogados criticaram a falta de provas concretas que o vinculem diretamente ao caso.

Carlos Rocha solicita a rejeição da denúncia e sua absolvição. Para embasar sua defesa, indicou oito testemunhas, entre elas Valdemar Costa Neto e Jorge Oliveira, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). A decisão do STF sobre o caso ainda não tem prazo definido.

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Last Update: 06/03/2025