Nessa segunda-feira (3), o exército israelense revelou os resultados das investigações sobre o que aconteceu no dia 7 de outubro de 2023, dia que marca o início da Operação Dilúvio de Al-Aqsa.
A principio, as investigações mostram que a falta de soldados na base, falta de liderança e coordenação entre as tropas foram decisivos. Foi revelado também que a Inteligência Militar e o Serviço de Segurança Geral (Shin Bet) não emitiram nenhum aviso antes do ataque. Cerca de 250 combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) entraram em Kfar Aza durante as primeiras horas do ataque e lá permaneceram por três dias.
Sobre a base de Nahal Oz, localizada a apenas 850 metros da Faixa de Gaza, a investigação confirmou que ela “não estava preparada para o ataque, pois as fortificações defensivas foram negligenciadas e os soldados foram instruídos a não ficarem alertas dentro de seus tanques”, enquanto as posições defensivas voltadas para o bairro de Shujaiya estavam “completamente vazias”.
Segundo o relatório, “não havia trincheiras ou grandes obstáculos para impedir o ataque, o que permitiu que os combatentes do Hamas alcançassem locais sensíveis rapidamente”. Como resultado, “os atacantes conseguiram neutralizar as defesas e tomar o controle da base em tempo recorde”.
A investigação enfatizou que “a batalha na base de Nahal Oz revelou uma profunda crise no sistema do exército israelense”, já que “negligência e falhas de planejamento levaram à rápida queda da base”. Os dados mostram que a investida do Hamas foi rápida e precisa e surpreendeu o exército de ocupação impossibilitando a capacidade de reação.
A operação foi realizada em duas ondas: a primeira onda envolveu 65 combatentes al-Qassam entre 6:30 e 7:00 da manhã, seguida por uma segunda onda de 50 combatentes entre 9 e 10 da manhã. Até então, mais de 250 combatentes haviam tomado o controle completo da base. O exército israelense disse em suas investigações que “esperava uma brecha em quatro pontos, realizada por 70 combatentes, mas, na realidade, a brecha ocorreu em 117 pontos, realizada por 5.600 combatentes”.
As conclusões das investigações mostram que as forças de ocupação reconheceram o sucesso do Hamas. As forças sionistas de ocupação reconheceram que “o preço que pagou em 7 de outubro de 2023 foi insuportável, tanto em termos de mortos quanto de feridos”.
A conclusão das investigações deixa claro que o exército sionista na verdade não passa de um tigre de papel. Ao ser confrontado diretamente no campo de batalha fica clara a superioridade dos combatentes da resistência palestina.