Líderes árabes reunidos no Cairo aprovaram nesta terça-feira (4) um plano do Egito para o pós-guerra em Gaza. A proposta prevê US$53 bilhões para a reconstrução do território, rejeita a expulsão dos palestinos e estabelece um comitê de transição para administrar Gaza por seis meses antes de transferir o controle à Autoridade Palestina.
A reconstrução começaria com uma fase emergencial de seis meses, com US$3 bilhões destinados a necessidades urgentes. Em seguida, viriam duas fases: uma de dois anos, com US$20 bilhões, e outra de dois anos e meio, com US$30 bilhões.
O plano também estabelece que, nos primeiros seis meses, Gaza será administrada por um comitê de tecnocratas ligados à Autoridade Palestina, dominada pelo Fatá, organização alinhada ao imperialismo e ao sionismo. Após esse período, o território passaria oficialmente ao controle da Autoridade Palestina. O Egito e a Jordânia treinariam forças policiais palestinas para substituir as ligadas ao Hamas.
O Hamas saudou a rejeição dos países árabes à expulsão dos palestinos e apoiou o plano de reconstrução, mas cobrou medidas concretas para forçar “Israel” a cumprir os compromissos do cessar-fogo e condenou as crescentes agressões sionistas contra a Mesquita de Al-Aqsa.
A administração Trump rejeitou a proposta, justificando que Gaza está “inabitável” e defendendo uma reconstrução “livre do Hamas”.