O povo que dança e canta em meio à folia do folclórico carnaval é privado de conhecimento. O coração bate no peito do escravo embalsamado vivo.
Os fatos não nos deixam mentir; vejamos: “Dois policiais militares foram presos em Diadema, na Grande São Paulo, suspeitos de estuprar uma jovem de 20 anos na viatura, após darem carona a ela anteontem…
E a toada dos sofrimentos segue: “O governo Lula deve agir para conter a alta dos preços dos alimentos, mas se tomar as medidas que precisam de fato ser tomadas, não deve colher os frutos disso ainda neste mandato, já que são políticas com impacto de médio a longo prazo.
Essa é a avaliação de André Braz, coordenador de Índices de Preços na Fundação Getulio Vargas (FGV) e um dos principais especialistas em inflação do país.
“O assunto é urgente, mas o aumento do preço dos alimentos não aconteceu de ontem para hoje”, observa Braz, lembrando que a inflação de alimentos acumulada desde 2020 é de 55%, comparado a uma inflação geral de 35% neste mesmo período — uma diferença significativa”.
E, é assim, “enxugando gelo”, que as políticas públicas seguem no barco embriagado da insensatez maquiavélica.
“A política partidária não abençoa ninguém, pelo contrário, faz de todos nós brasileiros, sofridos e honestos: homens e mulheres sui generis. A evolução resultará sempre em um melhor adaptado, e realmente, nós, o povo brasileiro, somos adaptados à pobreza extrema e a incoerência de um sistema político falido, que funciona, apenas, para “inglês ver”. A maioria de nossos “experientes” morrem antes dos setenta anos, por falta de nutrição adequada. E uma grande maioria é atropelada, ou assaltada nas vias urbanas, em cada esquina. Aliás, em cada esquina hoje há pedintes, catadores de latinhas, e outros similares, morrendo de calor, de frio, de fome, ou seja, de descaso.
São mães, pais, adolescentes, e famílias inteiras que não sabem nem se o Brasil fica na América do Sul. Muitos são professores aposentados com mestrado, doutorado, graduação, que trabalhavam na Rede Pública, e hoje moram na sarjeta. Sim, conheço alguns. Aliás, escrevi uma peça que fora premiada: “Tempos de indigência regados a talento”, que contou a história de duas catedráticas e um atleta que viviam nas ruas do Rio de Janeiro, como mendigos.
Falando nisso, nem todos os talentosos estão visíveis para o mercado, principalmente se forem críticos e reflexivos.
Tentar mudar? Sempre
Capitular? Jamais
O povo brasileiro ainda sofre aqui, com ou sem Oscar.