Pentágono visto de cima
Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA – Reprodução

Os Estados Unidos estão preparados para entrar em guerra com a China se necessário, anunciou o Pentágono, após Pequim ameaçar retaliar com tarifas, em mais um capítulo da crescente guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O secretário de Defesa, Pete Hegseth, esclareceu a posição dos EUA na manhã desta quarta-feira, em entrevista à Fox News, respondendo à embaixada chinesa nos EUA, que declarou que Pequim está pronta para lutar “qualquer” tipo de guerra.

“Estamos preparados”, afirmou Hegseth, acrescentando: “Aqueles que desejam a paz devem se preparar para a guerra.”

Ele explicou ainda que esse é o motivo pelo qual os EUA estão reconstruindo suas forças armadas e restaurando a “dissuasão na ética guerreira”.

“Vivemos em um mundo perigoso, com países poderosos e ascendentes que possuem ideologias muito diferentes”, disse ele. “Eles estão aumentando rapidamente seus gastos com defesa, modernizando tecnologia – querem substituir os Estados Unidos.”

Hegseth ressaltou que manter a força militar é essencial para evitar conflitos. “Se quisermos dissuadir uma guerra com a China ou qualquer outro país, precisamos ser fortes”, afirmou.

O chefe do Pentágono também garantiu que o presidente dos EUA, Donald Trump, mantém “um ótimo relacionamento” com seu homólogo chinês, Xi Jinping, e que a cooperação será buscada sempre que possível. No entanto, enfatizou que seu papel como secretário de Defesa é garantir a prontidão para qualquer confronto potencial.

Na noite de terça-feira, a China alertou que responderia caso os EUA seguissem com a guerra comercial ou tarifária, após a decisão de Trump de dobrar as tarifas sobre importações chinesas, de 10% para 20%. Essas taxas se somam aos impostos de até 25% aplicados pela administração Trump sobre cerca de US$ 370 bilhões em importações chinesas entre 2018 e 2019.

“Se guerra é o que os EUA querem, seja uma guerra tarifária, comercial ou qualquer outro tipo de guerra, estamos prontos para lutar até o fim”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em um comunicado, repetindo a mesma mensagem transmitida pela embaixada do país.

Em reação imediata às medidas de Trump, Pequim anunciou aumentos tarifários de 10% a 15% sobre diversos produtos agrícolas e alimentícios americanos. Além disso, impôs restrições de exportação e investimento a 25 empresas dos EUA, alegando preocupações com a segurança nacional.

Pequim também entrou com uma ação na Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando que as tarifas americanas violam as regras internacionais de comércio e pediu que Washington resolva a disputa por meio do diálogo.

As tensões comerciais entre EUA e China começaram em 2018, durante o primeiro mandato de Trump, quando ele impôs tarifas sobre produtos chineses, alegando práticas comerciais desleais e roubo de propriedade intelectual. A medida desencadeou uma escalada de retaliações que afetou mercados e cadeias de suprimentos globais.

Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 05/03/2025