A mãe da jovem de 20 anos que acusa dois policiais militares de estupro em Diadema (SP) relatou que a filha ficou gravemente ferida e em estado de choque. Segundo ela, peritos do Instituto Médico Legal (IML) afirmaram nunca ter visto algo semelhante.

“Minha filha está hipermachucada, à base de calmantes. Ela foi molestada por dois policiais no banco traseiro da viatura […] As pernas da minha filha, você não acredita, parece que ela foi espancada. A perita do IML disse que nunca viu uma coisa dessa, é coisa de outro mundo o que fizeram com ela”, declarou a mãe, em entrevista ao Portal Metrópoles nesta terça-feira (5).

Entenda o caso

Na noite de domingo (3), durante o Carnaval, a jovem teria pedido ajuda a dois policiais militares quando já estava em Diadema, após um bloco de rua em Santo André. Os agentes Leo Felipe Aquino da Silva e James Santana Gomes, do 24º Batalhão, prometeram levá-la para casa, mas, minutos depois, a vítima enviou um áudio pedindo socorro e relatando o abuso à família.

Registros da PM indicam que os policiais teriam tentado obrigá-la a apagar a mensagem. Ela gravou um vídeo e tirou fotos dos agentes. A denúncia levou à prisão em flagrante dos dois PMs na segunda-feira (4), na zona norte da capital paulista.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que os agentes foram presos preventivamente por “abandono de posto” e “descumprimento de missão”. A acusação de estupro ainda está sendo apurada.

Versão dos policiais

Os agentes alegam que a jovem teve um surto dentro da viatura e foi deixada em um local próximo à Via Anchieta. Segundo eles, a vítima os ameaçou com uma falsa acusação de estupro e exigiu ser levada para casa.

A corporação investiga se os policiais retiraram as câmeras corporais durante a abordagem. A jovem também afirmou que os PMs estavam alcoolizados. Ambos foram submetidos ao teste de alcoolemia no Hospital da Polícia Militar, mas os resultados ainda não foram divulgados.

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Last Update: 05/03/2025