A Polícia Civil de São Paulo investiga uma denúncia de estupro contra dois policiais militares que estavam em serviço durante o Carnaval. Os agentes estão presos preventivamente e o caso está sob sigilo.
Segundo a mulher que fez a denúncia, o caso aconteceu no domingo 2, depois que ela saía de um bloco de Carnaval em Diadema, na região metropolitana da capital paulista. Os policiais teriam oferecido uma carona depois que ela foi pedir ajuda.
Ainda segundo os relatos, a moça, de 20 anos, entrou em contato com um tio dela pouco depois das 22h e relatou a agressão sexual em mensagens de áudio. Ela fotografou os rostos dos policiais.
A moça que fez a denúncia só foi encontrada no dia seguinte, segunda-feira, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro da Liberdade, região central da cidade de São Paulo, depois de fazer a denúncia em uma delegacia.
Os agentes foram presos em flagrante por abandono de posto e descumprimento de missão, já que estavam fora da área onde tinham sido designados para atuar. O simples fato de terem dado carona à moça já seria um desvio de conduta. A Justiça converteu a prisão em preventiva.
Os dois policiais acusados passaram por exame de corpo de delito depois que a mulher que fez a acusação disse que eles ingeriram bebida alcoólica. Ela também passou pelo mesmo exame, e os resultados farão parte das investigações. Também serão avaliadas as imagens das câmeras nos uniformes dos agentes. Eles alegam que a suposta vítima teve um “surto” dentro do veículo.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) disse que “A Polícia Militar reforça seu compromisso com a legalidade e a transparência, garantindo que qualquer desvio de conduta será punido com rigor”.
