A história do cinema nacional ganhou um novo e emocionante capítulo na noite desse domingo (2/3): na categoria Melhor Filme Internacional, “Ainda Estou Aqui” conquistou o primeiro Oscar para o Brasil. Em todo o país, milhares de pessoas celebraram o feito – assim como os senadores e senadoras do PT no Senado.
Dirigido por Walter Salles, “Ainda Estou Aqui” disputou o troféu com “A garota da agulha” (Dinamarca), “Emilia Pérez” (França), “A semente do fruto sagrado” (Alemanha) e “Flow” (Letônia).
O longa conta a história real de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres (além da participação de Fernanda Montenegro), advogada e ativista que passou 40 anos procurando a verdade sobre o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva (Selton Mello). O ex-deputado federal foi torturado e assassinado pela ditadura militar.
Durante o discurso de premiação, Walter Salles fez questão de homenagear Eunice. “Isso [o Oscar] vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande no regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir”, disse o diretor.
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Nas redes sociais, os senadores do PT celebraram – e muito – a conquista do reconhecimento internacional.
Para o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), essa vitória não é apenas um troféu, mas o reconhecimento global do talento, da sensibilidade e da força do audiovisual brasileiro. “É a prova de que nossas histórias merecem e precisam ser vistas, ouvidas e celebradas”, disse.
Para a senadora Augusta Brito (PT-CE), este é um momento histórico para o cinema nacional. “Nossos parabéns ao diretor Walter Salles e a todos os envolvidos!”, comemorou.
O líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), fez questão de exaltar a obra e sua representatividade.
“Sou um democrata obsessivo e apaixonado pela nossa cultura. Ver a história de Eunice e Rubens Paiva emocionar o mundo e nos reconectar ao cinema nacional mostra o quão é importante lembrar do que não pode ser esquecido”, disse.
Na mesma linha, o senador Paulo Paim (PT-RS) destacou a importância da vitória da obra e o simbolismo da história retratada. “Vida e democracia: é disso que o nosso povo precisa. Nossa história, nossa arte e nossa brasilidade são motivos de orgulho”, afirmou.
Além de melhor filme internacional, o filme concorreu em outras duas categorias no Oscar: melhor atriz (Fernanda Torres) e melhor filme.
A película é um sucesso de crítica e público – já é a quinta maior bilheteria na história do cinema nacional. O filme levou mais de 5 milhões de espectadores às salas de cinema no país. Só no Brasil, já arrecadou mais de R$ 104 milhões em bilheteria. Apesar de não haver números oficiais, a estimativa é que no exterior os números sejam ainda melhores: R$ 160,5 milhões, segundo a plataforma privada Box Office Mojo, considerada referência em projeções de bilheteria no mundo.
Em vídeo divulgado no Instagram, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), comemorou bastante entusiasmado – aos pulos! – o grande feito brasileiro.
“É um sentimento indescritível. Ser brasileiro, no dia de hoje, tá com um gostinho diferente”, destacou.
Já os senadores Fabiano Contarato (PT-ES) e Teresa Leitão (PT-PE) ressaltaram que o Brasil foi muito bem representado nesta importante vitória – especialmente daqueles que rejeitam o autoritarismo.
“Fernanda gigante”
A torcida também foi enorme pela vitória de Fernanda Torres como Melhor Atriz. Mesmo sem a estatueta, o Brasil aplaudiu a grande atuação de Torres, que já venceu este ano o Globo de Ouro na categoria de melhor atriz de filme de drama.
Entre os que destacaram o feito da nossa gigante, está o senador Humberto Costa (PT-PE).
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