O Vaticano divulgou, na manhã deste domingo 2, um novo boletim sobre o quadro clínico do papa Francisco. O comunicado informa que o líder religioso teve uma ‘noite tranquila’, sem novos episódios de crise respiratória. Uma mensagem assinada pelo pontífice dirigida aos fiéis também foi compartilhada pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
“A noite foi tranquila e o Papa mantém seu repouso”, diz o curto boletim, que afirma também que o papa leu jornais e teve reuniões com auxiliares do Vaticano. A situação informada na noite anterior, de estabilidade, se mantém, segundo indica o Vaticano.
Para além do boletim, neste domingo, uma mensagem escrita pelo papa foi divulgada aos fiéis. O texto foi lido em Roma, na Itália. Na mensagem, Francisco agradece as orações e volta a pedir paz na Ucrânia, no Oriente Médio e na África.
Segundo o pontífice, o atual internamento teria sido uma oportunidade dada por Deus para que ele pudesse sentir as mesmas condições de enfermos ao redor do mundo, ampliando a sua fé.
“Sinto no coração a ‘bênção’ que se esconde na fragilidade, porque justamente nestes momentos aprendemos ainda mais a confiar no Senhor; ao mesmo tempo, agradeço a Deus porque me dá a oportunidade de compartilhar no corpo e no espírito a condição de tantas pessoas doentes e sofredoras”, escreveu o pontífice.
“Gostaria de agradecer as orações que se elevam ao Senhor do coração de tantos fiéis de muitas partes do mundo: sinto todo o carinho e a proximidade de vocês e, neste momento particular, sinto-me como que ‘carregado’ e apoiado por todo o Povo de Deus”, anotou também após agradecer médicos do hospital Gemelli pelo tratamento durante o seu internamento.
Sobre as guerras, o papa diz que, do hospital, os conflitos ‘parecem ainda mais absurdos’. “Eu também rezo por vocês. E rezo especialmente pela paz. Daqui a guerra parece ainda mais absurda. Rezemos pela martirizada Ucrânia, pela Palestina, Israel, Líbano, Mianmar, Sudão, Kivu”, disse o líder religioso.
Essa é a quarta vez que o papa está internado desde que assumiu o cargo, em 2013. O quadro atual é o mais complexo e que exige o maior período de hospitalização. Ainda não há previsão para que ele deixo o hospital, conforme reforçou o Vaticano neste domingo.
