Pequenas cidades brasileiras estão se tornando polos estratégicos para empreendedores. Segundo o último Censo do IBGE, 56% das 200 cidades que mais cresceram nos últimos anos têm até 30 mil habitantes.
No total, cerca de 36% dos municípios do país possuem menos de 50 mil habitantes, abrindo um mercado amplo e promissor.
Crescimento populacional impulsiona oportunidades
O aumento da população nessas cidades gera demanda por serviços e infraestrutura. Setores como educação, saúde e alimentação são os mais beneficiados.
Reginaldo Boeira, CEO da KNN Idiomas, destaca que o desenvolvimento dessas regiões cria espaço para negócios inovadores.
“Cidades pequenas estão crescendo rapidamente, exigindo mais comércio e serviços. Isso favorece o empreendedorismo”, explica.
Modelos de negócios adaptados para cidades menores
Boeira criou a KNN Box, uma franquia voltada para municípios de até 20 mil habitantes. O investimento inicial varia entre R60mileR 100 mil, com retorno estimado em 12 a 16 meses.
O faturamento mensal pode chegar a R$ 30 mil, com margem de lucro líquido de até 45%.
“Essas cidades têm carência de serviços essenciais, o que torna o modelo atrativo”, complementa.
Menor concorrência e custos reduzidos
Empreendedores encontram nessas cidades um equilíbrio entre baixa concorrência e público consumidor crescente.
“Muitas cidades pequenas registram crescimento populacional acima da média nacional”, comenta Boeira.
Filipe do Prado Olmedo, de Trindade do Sul (RS), é um exemplo. Ele abriu uma franquia da KNN em uma cidade de 7 mil habitantes. Hoje, a unidade tem mais de 100 alunos.
“O tamanho da cidade pode ser um desafio, mas seguindo o modelo certo, os resultados aparecem”, afirma Olmedo.
Sucesso em cidades ainda menores
Em 2024, Olmedo inaugurou uma unidade em Três Palmeiras (RS), cidade com apenas 5 mil habitantes. A escola atingiu 55 matrículas no primeiro mês, tornando-se lucrativa em 30 dias.
“Franquia é seguir a receita do bolo. Quando executamos corretamente, o sucesso vem”, finaliza o empresário.