Ainda envolvido no escândalo da criptomoeda $LIBRA, o presidente da Argentina, Javier Milei, decidiu nomear por decreto juízes para a Suprema Corte e deu início a uma nova crise política na última terça-feira (25).

Para tal feito, a nomeação de dois juízes foi feita durante o recesso do Congresso e contrariou a legislação do país, uma vez que as indicações precisam ser aprovadas pelo Senado antes que os novos ministros tomem posse.

Nem mesmo os aliados de Milei criticaram a decisão de nomear o juiz federal Ariel Lijo e o advogado Manuel García-Mansilla, que foram indicados pelo presidente em 2024 e ainda não tiveram a aprovação dos parlamentares para completar as duas das cinco vagas da Corte argentina.

Ambos os juízes já atuavam na Suprema Corte de forma interina, mas mesmo que o Senado seja presidido por Victoria Villarruel, a vice-presidente da República, os parlamentares ainda não oficializaram a permanência de Lijo e García-Mansilla.

Para a Human Rights Watch, a determinação de Milei foi um dos ataques mais graves à independência da Suprema Corte”. 

Milei é alvo de críticas, em especial, pela indicação de Ariel Lijo, uma vez que o juiz tem o histórico de ser conivente com casos de corrupção de políticos do alto escalão do governo. Há, pelo menos, 13 processos de corrupção que não foram levados adiante por ele. Inclusive, alguns foram abertos há mais de uma década.

A Suprema Corte argentina analisará o mérito do decreto presencial. 

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Last Update: 27/02/2025