O Ministério Público Eleitoral recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral contra a decisão que absolveu o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), de um pedido de cassação por supostas contas irregulares em sua campanha à reeleição, em 2022.

O órgão argumenta que a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) se baseou em “premissas equivocadas e em vícios quando apreciou o caso” e que “ignorou que a irregularidade veio tanto da influência nos atos quanto do benefício eleitoral obtido no contexto da eleição”.

No começo do mês, o TRE deu 5 votos contra e 2 a favor do pedido do MP Eleitoral pela cassação do governador e do seu vice, Thiago Pampolha (PP). Na denúncia, o órgão acusou a chapa vencedora de não comprovar a destinação de cerca de 10 milhões de reais recebidos de fundos públicos.

O MP apontou irregularidades na contratação de oito empresas, que tiveram seus sigilos fiscais quebrados por decisão da Justiça Eleitoral. Uma delas, a Cinqloc Empreendimentos, recebeu 4,9 milhões de reais da campanha de Castro sob a justificativa de fornecer trabalhadores terceirizados e cabos eleitorais.

De acordo com o MP, a responsável pela empresa até 2021, um ano antes da eleição, era Evandreza Henrique, que concorreu a deputada estadual pelo União Brasil, partido aliado do governador

Na denúncia, o MP alegou haver indícios de que a empresa foi repassada a uma laranja durante as eleições. Além disso, ainda de acordo com a representação, o quadro societário da Cinqloc chegou a contar com uma outra empresa ligada a dois ex-secretários do governo Castro: José Mauro de Farias Jr., da Transformação Digital, e Rafael Thompson de Farias, ex-secretário de Governo.

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Last Update: 27/02/2025