Representante do País no Parlamento Internacional para a Intolerância e a Paz, o deputado federal Vicentinho (PT-SP), destacou, nessa quarta-feira (26/2), a importância do respeito às diferentes crenças, com base no artigo 5º da Constituição, que assegura a liberdade religiosa e laicidade do Estado.

“Eu sou católico e participo da minha paróquia em São Bernardo do Campo, a Paróquia São José, mas faço cumprir a Constituição brasileira”, disse o parlamentar. A afirmação de Vicentinho reforça a necessidade de coexistência pacífica entre as diversas religiões, um princípio fundamental para a democracia.

Intolerância religiosa

Vicentinho também é membro da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) do Congresso Nacional, e participou da votação para escolher o novo líder da Bancada Evangélica, na última terça-feira (25). O parlamentar denunciou ter sido vítima de intolerância religiosa pela senadora Damares Alves, durante a votação que escolheu o coordenador do colegiado. “Ela fez um vídeo dizendo que eu não sabia nem da existência da Bíblia e que me questionaria se eu conhecia o Salmo 23″, explicou. O deputado rebateu: “Eu não só conheço o Salmo 23, como também conheço Mateus 7:15 a 29; 24:11 a 25; e João 4:5. Eu conheço. Eu estudo”.

“Você não é evangélico”

O parlamentar petista lembrou também de outro episódio de intolerância, em uma sessão solene em homenagem a dois líderes evangélicos. “Alguns colegas disseram: ‘Você não pode, porque não é evangélico’, como se fosse uma coisa somente de quem é evangélico”, relatou. Vicentinho ainda questionou a ideia de que certos espaços são exclusivos para determinados grupos religiosos.

Respeito às diferentes crenças

A intolerância religiosa, como destacou Vicentinho, não se limita a ataques individuais, mas afeta comunidades inteiras. “Eu luto aqui, inclusive em defesa das outras religiões, como às de matrizes africanas, comunidade muçulmana, povo espírita, povo judeu”, detalhou.

Vicentinho finalizou seu discurso com um apelo: “Chega de intolerância religiosa. Nenhum de nós é melhor ou pior do que ninguém, independente da religião. É assim que construímos um novo tempo e não com essa intolerância inaceitável”.

 

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Elisa Alexandre

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Last Update: 27/02/2025