Uma pesquisa realizada pelo instituto Genial/Quaest em oito dos 11 estados mais populosos do País mostra que o número de eleitores que desaprovam o governo Lula (PT) é superior aos que aprovam. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira 26.
A pesquisa foi realizada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco – pela ordem, os sete mais populosos do país – além de Goiás, o 11º da lista.
Em nada menos que seis desses estados, a desaprovação supera os 60%: são 70% em Goiás; 69% em São Paulo; 68% no Paraná; 66% no Rio Grande do Sul; 64% no Rio de Janeiro; e 63% em Minas.
Nos dois estados nordestinos pesquisados, a situação é menos desfavorável: a desaprovação é numericamente superior à aprovação, mas os índices se igualam na margem de erro. Os números divergem significativamente dos registrados em levantamentos anteriores, como pode ser visto no gráfico abaixo.

Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, os números ruins para o governo estão diretamente relacionados a uma percepção geral de piora no cenário econômico. A pesquisa mostra que a maioria da população aponta maior dificuldade de conseguir emprego, por exemplo.
“A sensação de piora na economia pode ser explicada pela quase unanimidade na percepção de aumento no preço dos alimentos nos 8 estados pesquisados. Embora em SP a inflação acumulada de alimentos tenha chegado a 10% em 2024, e em Salvador tenha sido bem menor, 5,84%; nos dois estados, 95% afirmam que os preços de alimentos subiram no último mês”, exemplificou Nunes, em postagem na rede social X, antigo Twitter.
A pesquisa também avaliou o impacto nas urnas da queda generalizada na aprovação. Nesse caso, o governo Lula pode ver uma luz no fim do túnel, já que a vantagem do petista em eventual segundo turno contra o hoje inelegível Jair Bolsonaro (PL) segue alta nos estados nordestinos. Além disso, o cenário mudou no Rio de Janeiro, onde o potencial eleitoral de Lula é maior que o registrado em 2022, segundo a Quaest.

Para chegar os resultados divulgados nesta quarta-feira, a pesquisa ouviu mais de mil eleitores em cada um dos estados. A margem de erro do levantamento varia de 2 pontos percentuais em SP a 3 pontos percentuais nos demais estados.