Censo: parcela de brasileiros com ensino superior completo quase triplica em duas décadas

A parcela de pessoas que completaram o ensino superior saltou de 6,8% para 18,4% da população do Brasil em duas décadas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira 26 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados do Censo 2022. Os números levam em conta as pessoas com idade de 25 anos ou mais.

Os 6,8% de brasileiros com nível superior foram registrados em 2000. Dez anos mais tarde, esse índice subiu para 11,3%. Por conta dos sucessivos atrasos para a realização do Censo durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), os 18,4% foram registrados no levantamento de 2022.

Nessas, que são as três edições mais recentes do Censo brasileiro, é possível perceber também uma queda acentuada no número de pessoas sem instrução e com ensino fundamental incompleto, que passaram de 63,2% em 2000 para 35,2% em 2022.

Na comparação entre os gêneros, as mulheres têm proporcionalmente maior instrução que os homens. Em 2022, 20,7% delas tinham concluído o ensino superior. Entre os homens, o índice foi de 15,8%.

O IBGE destacou, ainda, que houve aumento na proporção de pessoas com ensino superior completo em todos os grupos de cor ou raça. Destaque, porém, para as populações pretas e pardas, que tiveram aumento de mais de cinco vezes nessas proporções.

Os dados divulgados nesta quinta mostram ainda diferenças raciais entre profissões distintas. Segundo o Censo 2022, entre as pessoas com graduação em Medicina, 75,5% eram brancas, 19,1% eram pardas e apenas 2,8% eram pretas. Já entre as pessoas com graduação em Serviço social, 47,2% eram brancas, 40,2% eram pardas e 11,8% eram pretas.

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