Nesta segunda-feira (24), Kaja Kallas, a chefe das Relações Exteriores e Política de Segurança da União Europeia (UE), declarou que “não é a hora certa” para a realização de eleições presidenciais na Ucrânia. Segundo ela, “não há necessidade de realizar eleições” em tempos de guerra, declaração dada durante reunião de ministros das Relações Exteriores da UE.

A declaração de Kallas vai ao encontro da posição do presidente ilegal da Ucrânia, Volodimir Zelensqui, que se recusa a realizar novas eleições presidenciais no país. O mandato de Zelensqui terminou em maio de 2024, mas ele continua no cargo sob o pretexto de lei marcial em vigor, estabelecida em razão da guerra de agressão contra a Rússia. Contudo, as leis ucranianas não permitem que um presidente estenda seu mandato sob o pretexto de lei marcial, fazendo de Zelensqui um presidente ilegal.

Recentemente, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, manifestou-se pela necessidade de eleições na Ucrânia, chamando Zelensqui de “um ditador sem eleições“, e acrescentando que “ele se recusa a ter eleições” e “está baixo nas pesquisas ucranianas reais”, pois “como você pode estar alto com todas as cidades sendo demolidas?”, declaração que expressou crise entre a atual administração dos EUA e os países imperialistas da União Europeia.

Em resposta a Trump, Zelensqui afirmou que o presidente estaria “vivendo em um espaço de desinformação” criado por Moscou. No mesmo sentido, Kaja Kallas afirmou que “está claro que a narrativa russa está muito fortemente representada” na declaração de Trump, mostrando-se uma fiel representante do setor do imperialismo que desencadeou a guerra de agressão contra a Rússia.

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Last Update: 25/02/2025